quarta-feira, fevereiro 06, 2008

terça-feira, fevereiro 05, 2008


Angustiante o sabor da maresia de Chesil Beach.

Amarga a recordação do que devería ter sido e da felicidade que o egoísmo e a precipitação deixaram escapar.


A ler, mas com a consciência do travo amargo que nos aguarda no final.

Intoxicação

No sofá da sala, o barco negro...sem Amália nem fado, mas com uma forte ondulação.

quinta-feira, janeiro 31, 2008

The Gossip






A banda sonora, não propriamente de "ambiente", mas condizente com este!

E sim, já sei que é esta senhora e continuo a dizer que é portuguesa e vive em Olhão.

Á semelhança do que sucedeu com o governo, avizinham-se mudanças por estes lados.
Novos formatos, velhas ideias, mas ainda assimo mesmo Mundo, relutante em mudar, mas com flexibilidade para se adaptar.

Ninguém muda para pior e nós , por aqui, gostamos de acreditar nessa verdade!

terça-feira, janeiro 29, 2008

Nada como um bom adeus à carne








E já só faltam três dias para o Carnaval servir de desculpa para umas valentes gargalhadas !

segunda-feira, janeiro 28, 2008

"Chegará, um dia, aquele momento em que das duas uma: ou passas a ser parte integrante da equipa ou ficarás serás para sempre a "colega nova"

Rios de inspiração.
Momentos, comentários, sensações, descobertas, desconfianças.
Mil momentos de profusa criação literária e outros tantos de personagens reais que se fingem fictícios.
Tantos pensamentos por partilhar que se perdem em post its desatentos que ao fim do dia ficam esquecidos na secretária vazia.
Não posso contar nada. A sociedade da informação impera e todos os cuidados são poucos.
Ai mas se eu pudesse falar...ai quantas gargalhadas daríamos!

Zangam-se as comadres

Contrariamente ao que sucede com a classe médica, os advogados, doutos senhores da retórica e hábeis utilizadores de dicionários, desconhecem a palavra "corporação" e o alcance da expresão " espírito corporativista".
Nada dá mais prazer a um causídico que um ataque cheio de floreados e metáforas a um companheiro de profissão. Afinal, para um advogado que se preze, nenhum "colega" se lhe equipara, pelo que qualquer sátira está perfeitamente legitimada.

Exemplo do atrás exposto, são os comentários de José Miguel Júdice (ex-bastonário da DesOrdem) às acusações proferidas pelo actual bastonário Marinho Pinto sobre alegados actos de corrupção por dirigentes do Estado.

Porém, desta vez a "canelada" infligida por Júdice (que pelo seu carácter repetitivo já se assemelha um pouco ao romance bipolar entre Vasco P. Valente e Miguel S. Tavares), não se limitou à agressão verbal, mas abriu, ao invés, uma réstea de esperança para os milhares de advogados espalhados pelo país, pois segundo Júdice, o actual bastonário da ordem dos advogados, ao almejar pelas luzes da ribalta, vai "continuar a tentar enlamear toda a gente" e a "dar cabo" da OA.
Oxalá, caro colega! Oxalá!

domingo, janeiro 20, 2008

Pílula mágica das seis e meia de domingo

Poderia ser assim pequenina, verdinha porque azul já é a outra e esta simbolizaria a esperança do domingo interminável, fácil de ingerir e sem efeitos secundários.
Momentaneamente, a segunda-feira deixaria de ser o dia seguinte. No esquecimento repousaria, igualmente, a semana que se aproxima.
Um gole de água e cinco minutos seria novamente sexta-feira à tarde.
Sem pressas, sem angústias, o eterno momento das infinitas possibilidades.

sábado, janeiro 19, 2008

Amigos

Somos um grupo. Vemo-nos todas as semanas e discutimos ideias diferentes que convergem para um fim comum.
Partilhamos vicíos, gostos e interesses.
Estamos juntos sem explicações, sem cobranças, sem obrigação.
Apenas porque nos entendemos e apreciamos a companhia uns dos outros.
Não estamos sós, pese embora possamos optar pelo silêncio.
Temo-nos ao alcance da mão, do telefone, no cimo da rua ou a dez minutos de carro.
Somos diferentes e não nos queremos parecer. Já não procuramos a aceitação.
Somos amigos só porque sim. Porque queremos. Porque sabe bem.
Porque com a maturidade não chega apenas a responsabilidade, mas a libertadora possibilidade de escolha.

A descrença

Um sol estupendo, o Tejo no horizonte, um mojito no ponto.
Quatro desconhecidos discutem, um pouco ébrios e com a leveza dos que mal se conhecem, o sentido da vida, as angústias existenciais, os paradoxos do amor.
Vinte e quatro anos, uma vida por trilhar, o ínicio do que ainda está para vir.
Pousando o copo, ela confessou-nos: "Hombre, es que no me fío en nadie. Ni en los hombres, mucho menos en las mujeres"

Não sería esta a temporada das flores e dos passarinhos? Dos ideais não corrompidos e da inocência racional?
Desde quando é que é suposto sermos cínicos antes dos quarenta?

quarta-feira, janeiro 16, 2008


At least we´ll always have Paris!

A Dúvida

Chovia copiosamente naquele Domingo que resolvemos regressar ao teatro.
As ruas de acesso ao Teatro Maria Matos estavam ainda tranquilas, o que anunciava que a próxima sessão ainda tardava.
Seria a última do dia e aquele era o último dia da reposição da "Dúvida", de John Patrick Shanley, em exibição no Maria Matos, com a encenação de Ana Luísa Guimarães.
Um boato, uma suspeita, uma inquietação.
A coragem de questionar, o desconhecido que ousámos tentar conhecer, a incerteza que pairou no ar e com qual decidimos viver, à semelhança dos dias que correm; à semelhança dos dias que com audácia viveremos.
Um excelente elenco de actores, uma história inacabada, uma dúvida que ainda hoje persiste.
A magia que só o teatro oferece e que o cinema, apesar dos efeitos especiais, não consegue igualar.


O que fazemos quando não temos a certeza? Como tomamos decisões? De que forma nos relacionamos com o poder?

Ana Luísa Guimarães

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Brave new world

Um primeiro dia de aulas com tudo a que se tem direito: nova sala, novos colegas, novos materiais, novas matérias e zero convites para almoçar.
Isto promete...

quinta-feira, janeiro 10, 2008

Staple Singers




Ao som destas senhoras, me despeço.

Hoje é noite de dourados e muita laca.

O que é que se há-de fazer?


Um brinde a Alcochete e à nova ligação Barreiro/Chelas.
God bless!

Comunhão de vida


"Vou-me casar."


Advogado: "Contra quem?"
Engenheiro: "Isto até lá...se a estrutura não for boa.."
Cínico: "Estás farta de estar bem, não?"
Incrédulo: " Quem?Tu?Quem diria..."

Amargura nacional ( porque só a nós assiste o direito de criticar o que é nosso!)

Ventos de mudança, proclamam os inocentes.

Procuram-se bodes expiatórios.

Alcochete: uma decisão política ou uma transferência de responsabilidade para o LNEC? Jamais!, diria Sócrates.

Procuram-se desleixados que sucumbem à ganância, à fome de poder, à vontade de brilhar. São levantados autos de contraordenação, propostas comissões parlamentares para investigar os factos ilícitos praticados. O resultado? Tarda...contrariamente ao que sucede com o esquecimento.

Produzem-se leis, aplicam-se regulamentos, proliferam directivas dos diversos organismos reguladores.

Gritam os lobbies, reclamam-se indemnizações, lucros cessantes e danos emergentes, compensações morais e festinhas no pêlo.

Todos querem uma fatia do bolo, mas este, contrariamente ao que seria de esperar, não sobeja.

Quebra-se o elo mais fraco, mas por detrás do cenário, as jogadas de bastidores mantêm-se sob o anonimato da fraternidade e do companheirismo histórico.

Este é o nosso Portugal dos pequeninos.

Pequeninos que andam distraídos com a TVI e culpam o novo código de processo penal por todas as maleitas da sociedade que ignoram...

terça-feira, janeiro 08, 2008

American Gangster


Frank Lucas: What is that you got on?

Huey Lucas:What? This?

Frank Lucas:Yeah, that.

Huey Lucas: This is a very, very, very nice suit.

Frank Lucas: That's a very, very, very nice suit, huh?

Huey Lucas: Yeah.

Frank Lucas: That's a clown suit. That's a costume, with a big sign on it that says "Arrest me". You understand? You're too loud, you're making too much noise. Listen to me, the loudest one in the room is the weakest one in the room.

American Gangster, 2007
Ridley Scott

A pausa

Imensas ideias. Anotadas na agenda, no resto de guardanapo, em mesas de restaurante do barlavento algarvio.
Ideias fervilhantes, momentos inspiradores, imensas opiniões e reflexões frequissímas e dignas de nota.
Todas perdidas, irremediavelmente, num mundo sem internet, computadores ou wireless gratuito; num sofá, gasto e ainda manchado pelo sal da época estival.
Tantas ideias desperdiçadas, na languidez dos dias passados a sul.

quarta-feira, janeiro 02, 2008

Venire Contra Factum Proprio

Deveria ser formal e unanimemente declarado pela jurisprudência que a entrada em vigor de novas leis quer a aplicação de novos coeficientes no dia 1 de Janeiro de cada ano, constitui um verdadeiro abuso de direito.

De acordo com o nosso Código Civil, o exercício de um direito deve situar-se dentro dos limites das regras da boa fé, dos bons costumes e ser conforme com o fim social ou económico para que a lei conferiu esse direito.

Sempre que se exceda tais limites, há abuso de direito. A ilegitimidade não resulta da violação formal de qualquer preceito legal concreto, mas da utilização manifestamente anormal e excessiva do direito. – art. 334.º do C.C..

Dúvidas não me parecem restar que o facto de o Estado e o fantasmagórico “Legislador” optarem pelo primeiro dia do ano (ou o dia mundialmente consagrado à ressaca) para lançarem novos métodos de nos irem ao bolso, se enquadra no normativo legal.