Borrel con Gran Via
Que medo...já passou um ano e meio desde que fui viver para Barcelona. Agora que me vejo a andar na rua, com a roupa engomada, de saltos altos ( coisa que aboli na primeira caminhada entre as Ramblas e Calle Borrel), preocupada em ganhar dinheiro, dormir bem, fazer exercicio e procurar qualidade de vida numa cidade onde isso cada vez existe menos, esqueço-me daquela altura. Da partilha da casa, das experiências, de passar as tardes ao sol sem preocupações...sim!principalmente sem preocupações.
Um dolce fare niente permanente, regado com muito alcoól e descontração. O tempo não existia, nunca existiu , ou se existia ,não se sentia passar.
A sujeira do quarto da Carla, os fungus da Tats no fogão, as compras da Sara no final do mês, o roubar mel á Joana apenas porque sim! Manas borrel...que saudades...
Os mexicanos...o no mames guey, que chingon y pinches portuguesas... Garota de Ipanema, la vie en rose ("No puedo..."), like a prayer...
Molts petonets a tots...
oh pa... quero voltar...entretanto as horas passam e aqui ando eu num escritório, a fingir que trabalho, a olhar para o ecran á espera de alguma coisa para fazer. E pensar que agora isso incomoda-me! Estar sem fazer nada! hahahaha
Talvez vá ver uma exposição: ouvi dizer que o Richard Hamilton volta ao Macba e que as salas do Museu Picasso já estão finalmente todas abertas.
Talvez vá apenas ao Bairro Gótico escrever.
(pausa...toca o telefone)
"Com certeza...vou já buscar o processo".
Afinal não vai dar para sair agora!
1 comentário:
Ritinha, já passou um ano para ti, dois para mim! E no entanto, o quanto te percebo... Os cheiros, os sons, a descontração, as amizades que se criam, os petiscos, as farras, os passeios, os mexicanos, italianos, alemães, espanhóis... Esse ano, niguém no-lo tira! Viva Barça! Viva Firenze! Beijos, Rita (L)
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