domingo, dezembro 19, 2004

Mulheres...mulheres...



Ao folhear o suplemento Vidas do Expresso deste fim-de-semana, deparei-me com uma entrevista feita às Destiny´s Child.
Estas senhoras protagonizaram a banda sonora de toda uma fase da minha vida, em que procurava afirmar-me como independente, forte e decidida. Hahaha
E que belas figuras fazia, ao tentar alcançar esse ideal, tão bem plasmado nas letras das suas canções!
Bom, mas não é acerca da importância que as Destiny´s tiveram na minha vida que eu me proponho a dissertar hoje.
O que de facto me chamou a atenção, foi o seguinte parágrafo que de seguida passo a transcrever:
" Mais do que a música , são elas. Um trio que provoca o deleite dos olhares masculinos e permite às mulheres uma inveja admissível. São bonitas, curvilíneas, muito ricas e, ainda por cima, simpáticas."
Só por si, esta afirmação não levanta quaisquer suspeitas e é perfeitamente inofensiva.
Na realidade, o motivo pelo qual a frase me captou a atenção e consequentes divagações, foi a leviandade com que se afirma que o facto de algumas mulheres serem bonitas, ricas ou simpáticas, desperte inveja e outros sentimentos do tipo, nas demais mulheres.
Afirmações como esta são proferidas a todo o instante e pertencem ao senso comum porque não passam, nada mais nada menos, do que meras constatações da realidade: as mulheres são invejosas umas das outras, cobiçam o que as demais têm e toda a gente o sabe.
Convenhamos que não é frequente ler-se ou escutar-se: "É um homem bonito e charmoso, permitindo aos homens uma inveja admissível".
E porquê? Porque os homens não são assim.
Praticam uma indiferença generalizada entre os do seu sexo, que não lhes permite:
1) Ter conversas sérias entre eles.
2) Levar a sério o pouco que falam
3) Sentir inveja dos outros, porque "isso é coisa de gaja!"
Mas as mulheres não conseguem ser assim... Gostam de pensar que o são, mas não conseguem sê-lo...
Desenganem-se os homens que acreditam que elas se vestem, maquilham ou emagrecem a pensar neles.
No final é tudo uma questão de mulheres, uma luta de gigantes entre seres do mesmo sexo que em vez de o utilizarem para se aproximarem, se encaram como inimigas,tentando vingar perante as outras.
E afinal resume-se tudo ao que as outras mulheres pensam, ao que as outras mulheres vestem, ao que as outras mulheres têm e nós não, ao que elas irão dizer e criticar.
Começo a chegar à conclusão que as mulheres, antes mesmo de serem mães, filhas, esposas ou amantes, são caçadoras.
Mais do que qualquer homem, são educadas desde a infância para a caça e para a competição.
E vocês, meus senhores, não são o adversário, mas sim a caça, a presa.
Ainda que elas não o admitam e se coloquem na cómoda posição da vítima quando o desfecho da história não é o melhor.
Estou numa idade onde a palavra “casamento” é cada vez mais utilizada na linguagem comum das minhas amigas.
O que me deixa perplexa não é o facto de planearem casar, mas sim o facto de algumas delas falarem desse passo como uma verdadeira coroação, como o golpe fatal para apanhar o homem, não vá o gajo mudar de ideias e fugir!
Pensava que isto só sucedia em novelas...
Quão enganada estava eu ao pensar que as mulheres eram, de certa forma, o sexo mais fraco, propensas a sentimentalismos e desgostos...
Que prazer me dá pensar que sou diferente e afinal de contas, ao ver uma rapariga a vestir um tamanho 32, não consigo deixar de pensar que me daria um prazer imenso vê-la gorda...

1 comentário:

Anónimo disse...

Das DUAS ESTAROLAS que ainda não encontraram a terceira...

Antes de mais uma pequena mensagem: NÃO SOMOS DOIDAS,apenas dotadas de uma felicidade excessiva permitindo preencher determinados requisitos de certos quadros clínicos, mas não o suficiente para utilizar nomenclaturas menos agradáveis...

Quanto ao texto temos a dizer que, como gajas que somos, não concordamos de todo.
Com certeza que nunca ouviste a Estarola n.º 1 dizer no trânsito "deve ser uma gaja!" sempre que alguma azelha se atravessa à frente, não, ela não só espera pacientemente, como também cumprimenta, se possível, a pessoa que estava a efectuar a manobra. É certo que cumprimenta com uma valente buzinadela, mas isso são pormenores técnicos...
Já a Estarola n.º 2, é muito mais amiga, eu diria mesmo, defensora das mulheres, principalmente aquelas para quem comer é uma obrigação e não um prazer, vestindo, INFELIZMENTE, um 34/36 "impec"...

Tudo isto para concluir que não podíamos estar mais de acordo com as tuas sábias palavras, dotadas de uma sapiência vinda de uma longa experiência de vida, que apenas nos leva a detestar-te, afinal tens um dom que nos escapa e nós somos GAJAS :)