quinta-feira, dezembro 09, 2004


A época natalícia , de um modo geral, põe-nos nostálgicos.
Peço desculpa por voltar a este tema, mas é um bocado impossível não me deixar contagiar por esta febre.
Ainda por cima com esta propagação frenética de luzes e melodias natalícias pela cidade!
Relembro inevitavelmente a minha infância , que em comum com a infância dos outros, guarda dias de Dezembro com cheirinho a castanhas assadas , compras de Natal no Chiado , concertos de Natal em Igrejas e uma ida ao circo.
Como diz uma amiga, já chegámos aquela fase que em vez de fazermos as coisas, contentamo-nos em falar do tempo em que as fazíamos!
Numa altura em que custa ao mundo sorrir e tenho uma família pequena e sem crianças, devo dizer que já foram melhores estas temporadas.
Numa tentativa de recuperar ( ou reviver) a mística de outrora, segui a programação cultural da Câmara Municipal de Lisboa e fui a uma missa cantada na Igreja de S.Nicolau ( que agora recuperada ganhou uma luminosidade que deve mesmo ser visitada).
Aproveito para louvar a CML por estes concertos de Natal.
Sabe bem viver o Natal fora dos centros comerciais e mais perto das igrejas.
Afinal, supostamente celebramos o nascimento de Jesus... ou estarei enganada?
Catolicismos à parte, não há Natal sem circo, nem circo se não fosse a época natalícia. Sempre encarei os circenses como formigas, desta feita trabalhadores no inverno para maiores descansos no verão.
A muito custo lá me convenceram a ir ao circo.
Confesso que a ideia não me agrada especialmente e que o circo desperta em mim pouca curiosidade.
Mas, determinada a reviver os natais da infância, acedi e no final de contas não me arrependi minimamente.
Aliás, atrevo-me mesmo a dizer que gostei!
Surpreendentemente os palhaços tiveram realmente graça, não havia leões, mas break dancers russos e acrobatas quenianos, araras amestradas capazes de cálculos matemáticos e um malabarista cubano, recordando Jim Carrey nos tempos da Máscara.
O cheiro a pipocas não me enjoou, a felicidade e deslumbramento das crianças presentes contagiaram-me, o cheiro característico dos animais não me repugnou e por instantes voltei a ser pequenina e esquecer que já pesam 23 anos.
Isto de crescer até parece ser engraçado...mas espero sinceramente que isso nunca aconteça comigo! ;)

2 comentários:

Yoann Nesme disse...

Um obrigado muito especial ao Jacinto que, graças à sua determinação, perseverância mas sobretudo paciência conseguiu levar à menina ao circo, permitindo assim não só realizar uma actividade diferente e divertida mas também escrever este magnífico post. Parabéns!

Anónimo disse...

DAZ EZTAROLAZ COM ÇAUDADEZ DA TERSSEIRA Q'ANDA NA MÁ BIDA SSERTAMENTE...
É bom zaber que sse juntou com a populaça numa fiesta tipica daz granndez maçaz, tendo por iço abudicado temporariamente do sseu estatuto de jet-oito...:)
Ainda por zima gostou-e do especetaculo... Nóz sabemoz q'na berdade a doutourinha ssó gostou-e mesmo foi de conhecer o "meistere" do circo... ssim eçe mesmoz... claro quem habia de zere?... o grande... o magenifico... o extrodinario... BIITOR HUUGO CARDENALIIIIIII...
BEIJAS E DESCULPA A CHALAÇA.....
Nóz somoz umas "piadolentas".....