sexta-feira, janeiro 28, 2005

Auschwitz


Já se faz tarde e não consigo escrever grande coisa.
Talvez porque certas coisas sejam inqualificáveis ou por serem tão chocantes, qualquer coisa que se diga sobre elas vai soar rídiculo, vai cair num sinistro lugar-comum.
Como foi possível? Não sei...creio que ninguém sabe...
O pior é saber que hoje atrocidades continuam a ser cometidas, que se mata indiscriminadamente e de um modo premeditado , sem no entanto existir uma verdadeira justificação que fundamente tais actos.
Houve tempos em que julguei que o Holocausto seria irrepetível.
Caía na ingenuidade de acreditar que aprendemos com os erros.
Agora começo a acreditar que o único que nos resta é recordar e rezar.
Rezar para que tenhamos de facto todos aprendido qualquer coisa com este infame epísódio da história da Humanidade.
E rezar ainda com mais fervor, para que estas cerimónias de homenagem sejam mais do que isso e despertem realmente consciências, nesta Europa teimosa onde ideologias racistas começam a proliferar de uma forma doentia e assustadora.
O que me parece é que muita gente não aprende com os erros...apenas os guardam na memória, catalogando-os como aquilo que "deveriam ter feito", guardando-os naquele plano hipotético onde todos somos perfeitos e as asneiras não se repetem.



4 comentários:

Anónimo disse...

E queres tu que comente coisas mais divertidas?!!
A partir desta semana tens a responsabilidade de transportar um bocadinho do calor de Portugal para os que vão para o norte, para o frio... Espera-se actualização política, cultural e social. Acima de tudo, espera-se riso. E sorriso. Bjs.

Rit@ disse...

TENS RAZÃO. DESAFIO ACEITE. Caraças, se a temperatura subisse pelo menos 2 graus, o meu humor estaria em melhor estado.Definitivamente, nasci no hemisfério errado.
bjs

Anónimo disse...

E depois dizes tu que eu é que escrevo coisas tristes... olha lá: estás a esquecer-te do aspecto positivo de todas as desgraças; as desgraças deixam, para sempre, a sua marca na História. O ideal, é que essa marca nunca mais se repita; para isso mesmo existe o primeiro, e único, exemplo. O que acontece, actualmente, e quanto muito, são as réplicas desse grande sismo psicológico da 1.ª metade do século passado. Sim, porque, infelizmente, ainda existem por aí umas mentes tortuosas que teimam em fazer ressoar o eco desse sismo. Mas nós, as mentes não brilhantes, mas afincadamente preserverantes, somos mais fortes do que eles e acabaremos por nos fazer impor perante este mundo de injustiças. Tudo bem, posso até estar a sonhar alto, mas, quando tomo conhecimento dos memoriais que anualmente surgem para recordar o negro da nossa História, apenas penso naquele velho ideal de mudar o Mundo; não sózinha, mas na companhia de todos aqueles que, não querendo esquecer, também não querem repetir os erros do passado.
E já agora, vê lá se começas a escrever sobre alegrias porque, de tristezas, está este país cheio. :)

Obs.: E eu não sou anónima; sou a estarola 3 e 1/2. :)))

Anónimo disse...

E depois dizes tu que eu é que escrevo coisas tristes... olha lá: estás a esquecer-te do aspecto positivo de todas as desgraças; as desgraças deixam, para sempre, a sua marca na História. O ideal, é que essa marca nunca mais se repita; para isso mesmo existe o primeiro, e único, exemplo. O que acontece, actualmente, e quanto muito, são as réplicas desse grande sismo psicológico da 1.ª metade do século passado. Sim, porque, infelizmente, ainda existem por aí umas mentes tortuosas que teimam em fazer ressoar o eco desse sismo. Mas nós, as mentes não brilhantes, mas afincadamente preserverantes, somos mais fortes do que eles e acabaremos por nos fazer impor perante este mundo de injustiças. Tudo bem, posso até estar a sonhar alto, mas, quando tomo conhecimento dos memoriais que anualmente surgem para recordar o negro da nossa História, apenas penso naquele velho ideal de mudar o Mundo; não sózinha, mas na companhia de todos aqueles que, não querendo esquecer, também não querem repetir os erros do passado.
E já agora, vê lá se começas a escrever sobre alegrias porque, de tristezas, está este país cheio. :)

Obs.: E eu não sou anónima; sou a estarola 3 e 1/2. :)))