Leaving on a jetplane
No espaço de uma semana e meia despedi-me de duas pessoas.
Uma rumou ao Brasil e a outra dentro de 3 horas partirá para Timor, lugares estes que com certeza as irão marcar para sempre e quiçá mudará a forma delas encararem o mundo, Portugal e a si mesmas.
Nunca antes me intimidou tanto ver amigos partir...
Talvez porque antes as viagens eram mais curtas, as experiências eram menos pensadas ou organizadas, porque as ausências se encontravam limitadas temporalmente por falta de dinheiro, férias ou pelo simples facto de existir um curso superior pendente em Portugal que convenientemente tinham que concluir.
Não estando perante nenhuma destas situações, o panorama altera-se e a nossa perspectiva também.
E eis que subitamente, aquilo que em principio era apenas mais uma viagem ou uma mera experiência curricular, ameaça tornar-se num ponto de viragem, num daqueles instantes decisivos em que se joga e se escreve a vida de alguém.
A partida custa não apenas àqueles que ficam , como também aos que partem.
Afinal de contas , qualquer mudança nos transtorna, ainda que positiva.
Mas a ausência, na generalidade dos casos, é mais penosa para os que aqui permanecem.
Hoje sinto um nó na garganta ... e mais uma vez aguentei uma despedida sem chorar.
Será por pouco tempo que a minha Sarita não estará cá...mas desta vez a ideia assusta-me mais do que qualquer outra.
Porque desta vez não a acompanharei;
Porque me sinto co-responsável por esta ida;
Porque sinto que este é um momento decisivo para a vida dela;
Porque sei que ela ainda está em Lisboa e já sinto a sua falta...
1 comentário:
Sim foste co-responsavel... e sabes que eu me vou lembrar sempre disso. Ficas assim uma especie de madrinha profissinal que se junta ao papel de amiga,irma e todas as coisas que significas para mim!
beijinhos da desterrada
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