Para os meus emigrantes...
Venho por este meio manifestar a minha discordância face à corriqueira afirmação de que Portugal é , hoje em dia, um país de Imigrantes.
Como poderá isto corresponder à verdade, se um grande número de conhecidos e alguns importantes amigos estão progressiva e sistematicamente a abandonar a Tugalândia?
É certo que muitas das ausências serão temporárias, mas o que me garante que retornarão?
Um inofensivo Erasmus poderá ser o principio do fim, na medida em que na maioria dos casos desperta uma vontade desenfreada de conhecimento e descoberta da vida noutros lugares.
Questiono-me ainda se a pátria não ficará a perder, com tanta gente brilhante e tanta massa cinzenta valiosa que ficará espalhada pelo mundo ao invés de permanecer por cá e contribuir para o nosso bem comum?
Por este motivo, não deveríamos nós, que ficamos, receber algum tipo de subsídio, capaz de prevenir futuras tentações de “dar o baza”?
Verdade seja, não falo do alto dos meus sentimentos patrióticos.
É verdade que gosto muito de Portugal, mas não se pode afirmar que sou uma patriota. Ás vezes gostava de o ser, admito...
Falo antes do alto da minha inveja...
Considerem este post como uma manifestação inequívoca de um misto de inveja e medo de ficar abandonada e , simultaneamente, como uma menção de saudades precoces relativamente àqueles que partirão em breve.
Rita la outra, Saritz, Froes, Clarita ( que já partiste , mas deixas saudades), Michi, Peter, Tats ( quando iniciares os teus seis meses quase sabáticos)... aproveitem, mas regressem.
A vida aqui já é monótona, mas sem vocês a coisa torna-se ainda pior.
Na eventualidade de descobrirem que a vida não é aqui, vejam lá se encontram alguma ocupação a que me possa dedicar nos sítios por onde vocês andarão.
Hasta siempre!
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