terça-feira, fevereiro 15, 2005

Candle light

Sempre gostei de cafés, de restaurantes, esplanadas: pessoas sozinhas a ler o jornal, um livro, a beber um capuccino; amigos em conversa animada à volta de copos e petiscos; casais separados por uma garrafa de vinho e duas lasagnas. Em Copenhaga, apetece entrar em todas as portas. Porque, aqui, todas as mesas, balcões, cantos, escadas têm uma vela. Em nenhum sítio há barulho a mais ou a menos, em todo o lado se pode fumar, se pode conversar...
De repente, em dois dias seguidos, vi-me num café perfeito e num restaurante acolhedor. De repente, vi-me em frente a dois loiros (näo ao mesmo tempo) que tinham visto três morenas na vida; nórdicos puros fascinados pelos costumes Portugueses (no fundo acham que somos todos Brasileiros); nórdicos que querem saber tudo sobre os beijos e abracos que damos todos os dias; nórdicosdo outro lado da mesa, depois da vela e das rosas encarnadas...
E de repente estou desejosa
que a Sara (la otra) chegue: preciso de desviar as atencöes desta gente!

2 comentários:

Anónimo disse...

Quer me parecer que a nossa amiga Sara está realmente a habituar-se aos loiros.A cada post que leio só me apetece viver em Copenhaga.....Até que chego a casa.E quando alcanço a varanda do segundo andar onde a minha Lisboa se estende num final de tarde de Fevereiro(QUENTE),cobiçado por qualquer um da Europa,desisto da ideia.
Então ,minha linda emigrante de olhos castanhos e cabelo escuro,se ficares presa a esse manto branco de perfeição lembra-te.....quando quiseres voltar.A minha cidade espera por ti.....
Di

sara disse...

Para já, visistas Copenhaga. E quando chegares vou estar, como agora, emocionada, a pensar na luz de Lisboa e na tua varanda; no público com tostas mistas na esplanada da Graca; até do indiano tenho saudades....
Aqui estou à tua espera.