É Carnaval, ninguém leva a mal! ( nem a sério!)
Segunda à noite, enquanto transeunte no Bairro Alto, fui surpreendida por uma acção de campanha do BE.
Por muito que discorde dos seus métodos (mascarados, com tambores e slogans batidos), este grupo entusiástico e perturbador do meu pseudo-carnaval , conseguiu realmente personificar o sentimento generalizado da população portuguesa em relação ao estado da nação e respectivos políticos: no fundo, tudo não passa de uma grande palhaçada!
2 comentários:
O que se passa aqui, como se passa no México ou, acho eu, em quase qualquer país cuja população não tem nem grande expectativa sobre a política nem grande conhecimento sobre tudo que não seja peixeradas no bairro ou casamentos reais, o que se passa aqui, afirmava eu, é que perante esta realidade os políticos só podem ganhar votos assim, com escândalos sobre a orientação sexual de um candidato, ataques baixos e pessoais em qualquer tipo de meio de comunicação, palhaços na rua ou passeios grátis pela cidade para admirar as trapalhadas que fez o outro.
Propostas sérias? Debates sobre assuntos como a educação, a saúde, etc. etc.? Muito técnico. Eu mudo de canal. Que seca. Vou votar por aquele senhor tão engraçado que grita aos berros, o meu concorrente é gay! o meu concorrente é gay! É o maior.
Ésta foi a opinião do tio Jacinto. Obrigado.
Dois pensamentos com um simples post e um único comentário: (1) näo me falem de Bairro Alto, que as saudades (e, acima de tudo, inveja!) desfazem-me só de imaginar ruas estreitas e pessoas na rua à noite (sem congelarem); (2) afinal de contas, sou uma previligiada: apesar de, como lembrou o Pedro e muito bem, nunca poder vir a ser Presidente da República, näo preciso de escolher entre o melhor palhaco, näo vou perder tempo a decidir onde vai ficar a cruzinha - näo vai haver cruzinha. Afinal säo três: Jacinto, ainda bem que vieste do México para nos fazer rir por aqui.
Sara P
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