O terraço , o sol, o rio como observador atento e companheiro de jornada, murais de azulejos que muito contam, escadarias, túneis e paredes que muito guardam...
O prazer de viver em Lisboa, o privilégio de ter sempre coisas novas para descobrir, o luxo de viver numa cidade com história, com alma.
Com edíficios que não só preservam a nossa História, como eles próprios a escrevem e nos recordam de glórias passadas.
Olhando o Campo de Santa Clara e o já aqui falado Panteão, questionei-me acerca daqueles que contribuiram com o seu trabalho para a edificação destes ex-libris.
Teriam tido consciência plena do seu contributo? Ou foi exactamente por isso que orgulhosamente os arquitectaram e construiram? Algum dia seremos nós capazes de deixar monumentos e marcas deste calibre, que nos permitam viver eternamente através da admiração e reconhecimento das gerações vindouras?
Estas dúvidas um dia inquietaram-me, pertubando-me o espírito com a obsessão da imortalidade.
Finalmente atingi o estado de maturidade suficiente para me reduzir a minha pequena existência!
Hoje basta-me uma tarde bem passada em Lisboa, em boa companhia, de preferência com uma vista esplendorosa e um crepúsculo com sabor a Pastéis de Belém.
segunda-feira, março 14, 2005
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