Contestação nas ruas de Lisboa
Admito que passar de cavalo para burro é chato.
Confesso que quando vejo os meus direitos ameaçados, reajo, dou luta, irrito-me, reivindico.
Como tal, cedo na parte em que considero perfeitamente admissível que os funcionários públicos se insurjam contra as novas medidas do Governo.
Mas convenhamos , meus amigos, desta vez acertaram-vos no ponto fraco.
Pode ser que a partir de agora surjam novos incentivos ao ingresso na função pública que não passem por ideias como trabalhar pouco, sestas prolongadas, possibilidade de maltratar indiscriminadamente terceiros, elevadas remunerações, reformas antecipadas e desresponsabilização total por qualquer falha ou atraso no serviço ( mal) prestado.
Eu, confesso, perdi uma grande parte do desejo de fazer parte do organismo estatal.
Mas isto sou eu....
1 comentário:
Há outra coisa no meio disto tudo que me assusta! É a "caça às bruxas". Já por várias vezes reparei que as pessoas que estão a fazer uso do seu direito de se manisfestarem e de fazerem greve ameaçam e são agressivas para as que preferem (seja por que motivo fôr) ir trabalhar! Mas afinal!?!?! Temos ou não democracia? Se alguém decidir fazer greve, pode. Mas se alguém decidir não fazer também pode! Aliás, não sou "jurista!!!", mas acho que está previsto na lei que não se pode impedir ninguém de trabalhar em dia de greve! Meus amigos, cuidado com a defesa dos vossos direitos, que não impliquem a perda dos direitos dos outros. Caça às bruxas não! Já bastou a inquisição.
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