Pride and Prejudice
Não podendo negar o vantajoso que é possuir uma memória selectiva, há momentos em que graças a ela, nos vemos em situações perfeitamente evitáveis.
Assistindo aos encontros e desencontros de Mr. Darcy e Miss Elizabeth Bennet, muitos foram os momentos em que recordei o porquê dos romances de Jane Austen nunca me terem fascinado.
Não pretendendo classificá-los ou criticá-los ( não possuo qualificações para tal, nem é essa a minha vontade), a Inglaterra “austeniana” sempre em pareceu abominável, caquéctica, orgulhosa em vão e exageradamente preconceituosa.
O problema não reside na caracterização de Jane Austen ( que nesse aspecto é exímia), mas na época em si.
Com estes entraves, dificilmente poderia render-me de amores perante “Pride and Prejudice”.
No entanto, para grande surpresa minha, o facto da história não me entusiasmar em demasia, permitiu-me fixar a minha atenção em pequenos detalhes da realização do filme que de outra forma, provavelmente, não repararia.
Cenários de luxo, uma reprodução fidedigna e cuidada dos hábitos quotidianos da época, uma interpretação de Keira Knightley bastante esmerada e conseguida, capaz de me fazer esquecer os "meus preconceitos", uma vez mais um bom casting que enriqueceu e, sem dúvida alguma, melhorou, o “Pride and Prejudice” que já nos era tão familiar.
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