My evil side speaking
Apesar de não ter visto o "Colisão", melhor filme do ano segundo a Academia de Hollywood, sinto um certo conforto mesquinho pelo facto do Óscar não ter ido para o Brokeback Mountain.
Mesquinha...mesquinha....
segunda-feira, março 06, 2006
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4 comentários:
Partilho da tua mesquinhice!
Quando tiveres oportunidade vê o Crash que é realmente um bom filme, lembro-me perfeitamente de ir vê-lo com um grupo de pessoas e no fim toda a gente estava um pouco embasbacada com o filme porque de certo modo, cada um se identificava com uma das personagens... Creepy!
É engraçado. Qd primeiro ouvi falar do Brokeback, pensei que em Portugal não fosse ter sucesso por causa dos homens que se recusariam a ver o filme. Mas tenho sentido um maior conservadorísmo vindo de parte das mulheres. Eu vi o Brokeback e achei um bom filme (e não, não sou gay nem cowboy). Achei bem mais nojentos alguns dos últimos filmes do Almodóvar (especialmente "Má Educação") do que este... Gostei bem mais do Crash, mas, por outro lado, achei-o melhor do que o Million Dollar Baby, que ganhou prémio de melhor filme o ano passado. Não percebo qual é que é o "big fuss" sobre o filme, especialmente na Europa, que, supostamente, é bem mais tolerante do que os EUA no que diz respeito a esses assuntos. Acham normal o casamento entre paneleiros e ficam chocados c as 8 nomeações do Brokeback, um filme que, apesar de tudo, destaca-se pela originalidade?
Tens razão Turkish na parte que respeita ao falso liberalismo intelectual europeu. Afinal, de que serve uma legislação que permite o casamento entre homossexuais, se a população , na sua grande maioria, condena e ostraciza?
Porém, o que está em causa na minha crítica ao Brokeback Mountain, não é o facto da história incidir sobre uma relação homossexual. Aliás, acho que no contexto global do filme, até acabas por esquecer que estamos a ver/analisar uma relação entre pessoas do mesmo sexo.
A história inquieta e angustia não porque se trata de dois homens, mas sim porque +e um situação de amor /obcessão sem limites, egoistica e geradora de sofrimento para todos. Uma situação que se verifica quer em relações homossexuais como heterossexuais.
Não achei merecedor de óscar porque não o achei especialmente brilhante ou cativante. Só isso...
Quanto ao "fuss", ele desaparece depois de veres o filme...
Eu achei o Crash bem melhor que o Brokeback (não que o ache o melhor filme de 2005, mas entre os nomeados era o meu favorito).
Em relação à celeuma provocada pelo Brokeback, concordo com o que dizes, Rita, não o achei um filme especialmente brilhante...é uma história de amor (e sim, acabamos por esquecer a parte de ser gay). E há muitas outras histórias de amor no cinema, mais bem contadas. Mais absorventes e envolventes.
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