"O Nariz" de Chostakovitch
A época? Rússia de Nikolai I.
O tom? Satírico, irónico, corrosivo.
As melodias? Dissonâncias caóticas que nos transportam a outra dimensão da realidade (ou seria o absurdo da fantasia?).
Um cenário despretensioso, coreografias geniais, 25 cantores, 70 papéis e um S. Carlos acolhedor, com vestígios de outros tempos, de outras mentalidades, de outra cultura.
“O Nariz” pode ser o órgão principal de toda a trama, mas quem saiu satisfeito para o Chiado, naquela noite quente de Julho, foram os “olhos” e os “ouvidos” que há muito ansiavam por um bom espectáculo.
2 comentários:
No meu saltinho a Lisboa, vi O Nariz anunciado pela cidade, e näo parei de (me) perguntar quem o teria roubado a Gogol. Oh!, ignorância! (Está pesquisado e esclarecido. Ainda vou a tempo?)
Oh amiguita nórdica, ontem foi a última récita... Mas se tiveres a oportunidade de ver a ópera por esses lados, aproveita porque vale realmente a pena. :)
Enviar um comentário