domingo, outubro 31, 2004

Las dos Fridas, Frida Khalo


Nunca vos aconteceu acordar de manhã com uma ideia obsessiva na cabeça que não vos abandona o resto do dia?
Não tem que ser necessariamente uma preocupação. Pode ser uma imagem, uma recordação, um livro, uma música... ( tentem nunca acordar com Dido na cabeça...!)
Esta noite sonhei com o México e com uma das minhas zonas preferidas da Cidade do México: Coyoacán.
Nesse pequeno bairro do D.F nasceu e viveu toda a sua vida a pintora/mulher que mais admiro: Frida Kahlo.
Pela vida que teve, pela forma como a encarou, pelas dificuldades que enfrentou, pelo original das suas pinturas, por ser uma visionária e revolucionária, por apresentar quadros com uma verdade pujante e cruel. Lembrei-me imediatamente do meu quadro preferido: “Las dos Fridas”. Mais do que representar os devaneios de uma criança que tinha uma irmã gémea imaginária, “Las dos Fridas” faz-me pensar que todos nós temos dois lados distintos, Permanecendo embora a mesma pessoa, há sempre algo em nós que desconhecemos, que distancia aquilo que pensamos ser e aquilo que realmente somos.

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