domingo, janeiro 16, 2005

Qué fror?

Num bar do bairro alto, cujos dias de apogeu já há muito parecem ter terminado, uma amiga e honrosa bloguista, saiu-se com uma expressão caricata.
É facto público e notório que esses locais de diversão nocturna, são recintos de caça para emigrantes paquistaneses e indianos, que pelo cansaço tentam vencer os noctívagos e vender-lhes coisas de extrema utilidade, tais como anéis e tiaras com brilhantes e melodias muito pouco harmoniosas.
Geralmente os predadores atacam quando menos se espera e quase sempre em momentos de animadas e folgosas conversas, que com a intervenção destes singelos vendedores se vêem abruptamente interrompidas.
Predadores estes , que a minha amiga J. classificou como ,nada mais nada menos , como BLOQUEADORES DE CONVERSAS.
Confesso que nunca tinha pensado nisso sob esse prisma, mas sou levada a admitir que é de facto verdadeira esta sua afirmação.
Mais do que persistentes vendedores, estes homens são bloqueadores de conversas.
Eficazes paralisadores de raciocínios, remetem ao silêncio os mais eloquentes oradores, que constrangidos vão dizendo que não e rezam ao Senhor que o vendedor os abandone e vá pregar para outra freguesia.
E retomar a conversa implica um maior ou menor esforço mental, consoante as quantidades de álcool, ingeridas até àquele momento.
E diz a minha avó que não se aprende nada na noite...não se aprende é pouco.
A partir de hoje, jamais olharei os vendedores de tiaras cintilantes da mesma forma .
E em momentos menos confortáveis, em vez de olhar para os sapatos, procurarei um anel multicolor e musical como subterfúgio de temas menos desejados...




1 comentário:

ॐJohn disse...

hehehehehe.
chatos, pá, são chatos!