Resumo de um fim-de-semana
1) Não falei mal de Portugal 1.000.000 vezes ao dia, como é meu hábito fazê-lo. Afinal, poder sair de casa e vinte minutos depois estar deliciada no areal e sob o sol da Caparica é um luxo. Uma Caparica muito pouco lotada, com espaço para estacionar o carro e estender a toalha sem pisar o dedo do pé do vizinho.
2) O sono, muito sono, o corpo a dar de si, apagar antes da meia noite e acordar quase a tempo de ver os desenhos animados na televisão. Subitamente , estes dois milagrosos dias da semana parecem mais longos, ainda mais apetecíveis, verdadeiramente rentáveis;
3) O casamento de Charles e Camilla, o massacre televisivo e a inevitável pergunta “ O que é que eu tenho a ver com isto?”. Já para não mencionar a perplexidade e incredulidade face à entrevista da ilustre D. Mª da Conceição ( acabo de inventar o nome porque o verdadeiro não me ficou na memória), conhecida amplamente no seu bairro e , pelos vistos, a nível nacional por conter semelhanças físicas com a Rainha Isabel II de Inglaterra! Parece-me que isto de estar numa casa sem televisão por cabo pode-nos provocar danos irreversíveis.;
4) O Sporting, a má exibição, o cansaço da praia a vencer-me lentamente a cada passe trôpego do Paíto, o golo da honra , a ensurdecedora celebração do golo do Rio Ave e o Benfica cada vez mais perto. Afinal nem tudo está perdido...
5) Um domingo sem “crises-das-seis-da tarde”, sem dúvidas existenciais, sem aquela sensação de tempo perdido e com cores saudáveis na face. E o mais surpreendente foi não ter sido necessário sair de Lisboa nem planear o que quer que fosse.
Das duas uma, ou me contento com pouco ou afinal a vida aqui nem é assim tão má.
Além disso, falar mal de Portugal já cansa, já soa a repetição , já gera monotonia...não serve de nada.
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