Sinais do tempo
“... José Sócrates defende a sociedade do conhecimento para que os portugueses fiquem mais competitivos. (...) Dou de barato que a competitividade se tornou um deus inquestionável, a quem devemos uma ração quotidiana de sacrifícios- e que o sacrificado serei eu e a minha sanidade mental, se ousar questioná-la.
Mas ainda assim, a competitividade para quê? O próprio conceito, em si, implica louros para os primeiros e a secundarização de todos os outros. Só podemos viver melhor com a condição de outros viverem pior. E vice-versa. Num mundo que incensa os princípios da igualdade, há algures neste raciocínio uma lógica que me escapa.”
José Manuel Barata-Feyo, “ O conhecimento para quê?”, in Grande Reportagem, revista integrante do Diário de Notícias de 9 de Abril de 2005.
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