quinta-feira, junho 02, 2005

Rituais de Junho

Finais de tarde temperados com imperiais e caracóis.
Vontade imensa de sair de casa, despojada do peso dos casacos, braços e pernas bronzeados, suaves rubores nas caras.
Caminhadas pela cidade, ar fresco do Monsanto e vistas para o Tejo.
O alto do Parque Eduardo VII, as barraquinhas cheias de gente ávida por novos livros, por renovadas letras, expectantes, curiosos, interessados.
E depois regressar a casa, procedendo-se ao ritual de arrumar os livros nas estantes, escrevinhar o meu nome e a data da compra.
Observar o alinhamento perfeito e sorrir de contentamento: avizinham-se tantos momentos de prazer...
Subitamente os dias parecem mais longos, a vida parece mais leve, as energias parecem todas renováveis, a cidade deixa de ser tão asfixiante.

3 comentários:

sara disse...

Ai Rita - isto è maldade, tortura! Acabei de sair e jà estou com saudades disso tudo...

Rit@ disse...

Tenho a sensação que só apreciamos verdadeiramente Lisboa quando saímos de cá, quando estamos realmente longe, quando os quotidianos e respectivas irritações mesquinhas da cidade são esquecidos e criamos a Lisboa perfeita, a Lisboa ideal, a pseudo Lisboa que nos alimenta a saudade. APROVEITA ENQUANTO AÍ ESTÁS. Lisboa e as noites de Junho estarão sempre cá para ti. ;) Muitos beijinhos e já que não me despedi antes, BOA ESTADIA NA SUIÇA. Se vires a Heidi, manda-lhe aquele abraço.

sara disse...

Vou procura-la pelas montanhas. Mas, sabes, eu gosto sempre de Lisboa... Acima de tudo, nunca quis viver fora. Foi acontecendo. Ou vai acontecendo... E eu tento näo pensar muito nisso. Mas depois falas em feiras do livro e caracois e praias e finais de tarde - näo aguento! Vou continuar a passar (mtas vezes por dia) para matar saudades. Mtos beijos