terça-feira, maio 30, 2006

segunda-feira, maio 29, 2006

Ás vezes gostava de ser mais romântica - II

Há uns tempos atrás assisti ao sagrado sacramento do matrimónio de uma prima minha.
A igreja estava linda, os convidados elegantes e, principalmente, os noivos estavam felizes.
Abstraindo-me da festa e concentrando-me no sacramento religioso, escutei com atenção as palavras proferidas, durante a homilia, pelo padre que conduzia a cerimónia.
Aparentemente e segundo os ensinamentos de Jesus Cristo, a minha prima celebrou um contrato com o marido, através do qual se geraram as obrigações, tais como as de honrar sempre e ser fiel ao seu marido, dar-lhe apoio nos momentos difíceis, servi-lo em tudo o que este necessite, dar-lhe filhos para perpetuar o apelido da sua família e honrar os nomes sagrados das mulheres bíblicas.
Deste contrato, emergiram para o noivo uma série de inderrogáveis direitos, inerentes não só à sua qualidade de macho, como ao próprio instituto do matrimónio.
Juridicamente falando, parece-me que os interesses de ambas as partes não estão devidamente acautelados na relação estabelecida por Deus, sendo a desigualdade de posições algo flagrante e totalmente inaceitável à luz dos princípios mais elementares de Direito.
Religiosamente falando, não entendo como é que ainda existem mulheres católicas!

João Pestana

Num quadradinho de menor relevância da revista “Única”, noticiava-se a sonolência de Miguel Beleza na assistência da peça “Inês de Castro”, posta em cena pelo Teatro Experimental de Cascais.
Aparentemente, o ronco de M.B era de tal forma audível que os próprios actores se sentiram incomodados, descurando a sua actuação.
Não questionando o valor (ou desvalor) jornalístico desta noticia, perante tal caricata situação, não posso deixar de concluir que das duas uma:
1) Ou a Alberta M. Fernandes deixa o pobre Miguel exausto
2) Ou o teatro português anda pelas ruas da amargura.




Poder-se-ia dizer-se que são pessoas normais, caso este conceito realmente existisse; caso fosse susceptível de definição.
Comummente se apresentavam como católicos ou, no mínimo, defensores acérrimos dos princípios do catolicismo, pois estes, pese embora pudessem surtir um efeito nulo na formação da personalidade, mal não faziam a ninguém.
Apresentavam-se nos momentos de dor; nos de alegria também, mas apenas quando a preguiça não falava mais alto.
Denotavam a preocupação que a boa educação exige, sem nunca se preocuparem demasiado; não tinham tempo nem se podiam dar a esse luxo das almas com muito espaço para preencher.
O seu coração só interferia até a razão dizer basta.
Nós, os outros, os que ainda estamos verdes e ainda temos muito que aprender; os que esperamos demasiado; a nós não nos são dadas saídas airosas.Resta-nos , pois, aguardar, de forma paciente e resignada pelo dia em que já não o façamos; pelo dia em que as coisas são o que são e mais não é exigido.

Não mata, mas mói

"Praga de mosquitos provoca debandada das praias e lança caos no trânsito (...)"

quinta-feira, maio 25, 2006

2 anos!

Felicidades a mi bloguito!

quarta-feira, maio 24, 2006

Unhas roídas e telefone desligado

O vício do momento;

A razão da minha ignorância;

O cronómetro das minhas noites...

terça-feira, maio 23, 2006

Maio em Portugal





A julgar pelas notícias da última semana, nós, os portugueses, mudámos a concepção de Estado que obstinadamente alimentámos durante anos: este ente estranho deixa de ser um terceiro, omnipresente e castigador, usurpador dos nossos impostos e dono de uma inata incompetência, para passar a ser um orgulho, uma bandeira que todos, histericamente, penduramos nas janelas quando ainda faltam semanas para o Mundial; que passa a ser tema de conversas apaixonadas acompanhadas a caracóis e imperial e se personifica na imagem de Luís Filipe Scolari que nem português é.
Mas isso é irrelevante: o importante agora é chorar com o Cristiano Ronaldo, subestimar o grupo em que nos encontramos no Mundial e preparar a voz para as comemorações no Marquês de Pombal.
Por outro lado, a julgar pela campanha publicitária maciça do Campo Pequeno ( de novo em grande!), somos amantes da tourada (ou da “afición” como tão bem o pronunciou Ana Paula Taborda na festa de inauguração) e todos os anos que ignorámos aquela construção colorida e despropositada a meio da Av. República, deve-se não ao facto de não gostarmos das corridas - julgar pelos discursos, é normal e perfeitamente aceitável gostarmos de actos de barbárie como meio de entretenimento- mas sim ao incómodo de não podermos usufruir de um espaço comercial para acalmar os ânimos da afición com o deslizar do cartão de crédito.
Ou seja, venham “toiros” e futebol, venha a festa do Mundial e mais noites de Globos de Ouro .
Com o fado anda o povão triste e tristezas não pagam dívidas, muito menos a externa.Que venha a bola!

segunda-feira, maio 22, 2006

quinta-feira, maio 18, 2006

Best Of

Se me pedissem para compilar as canções que mais gosto e que aqui disponibilizei, provavelmente não conseguiria seleccionar nenhuma e muito menos exlcuir algumas, pois se as escolho para acompanhar a leitura dos gatafunhos que escrevo, faço-o propositadamente e não de forma inocente.
Umas vezes, porque acordei de manhã com uma melodia na cabeça que não me dá tréguas.
Outras vezes, escolho aquelas que sei que vão disfarçar o atabalhoado de ideias e de erros gramaticais que produzo nas primeiras horas do meu dia.
Não querendo (podendo) correr o risco de me converter numa presa fácil para os investigadores da contrafacção, limito-me a deixar a lista daquelas canções que escolheria, em primeiro lugar, para gravar no Best Of.
E porquê falar nisto agora?
Porque, com surpresa e algum assombro, constatei que dentro de uma semana , este “blogspot” cumpre dois anos de existência e em tempos de comemoração, reúnem-se as tralhas do fundo dos baús, os papéis amarelos e os bilhetes de metro rasgados para, sumariamente, sorrir com os pequenos nadas das recordações dos dias que passaram.
Depois de uma passagem de cursor pelas “minhas músicas”, o resultado foi mais ou menos o que segue:

Stitched Up – Herbie Hancock ft. John Mayer
Lullaby – The Cure
Talullah - Jamiroquai

Me and Bobby Mcgee – Janis Joplin
Let´s stay together – Marvin Gaye
Mornington Crescent – Belle and Sebastian
Bella – Jovanotti
The Lady is a tramp – Frank Sinatra
Let´s get it on – Marvin Gaye
The Heart remains a child – Everything but the girl
Inside and Out – Feist
Love is no big truth – Kings of Convenience
Happy – Mishka
I´m in love with you – Erykah BaduJust the two of us – Al Green


Não é um presente com direito a download, mas já é um começo.
Satisfeitas meninas?

segunda-feira, maio 15, 2006

domingo, maio 14, 2006

Bollywood Joint

"Sentiu, pela primeira vez, a proximidade dos trinta quando, após a um jantar no indiano acompanhado por lassi de manga, acordou assolada por uma indescritível ressaca. "

SMS - 13 de Maio


"Toda a programação televisiva de sábado de que te falei ficará, certamente, sem efeito, atendendo ser hoje o dia 13 de Maio. Raios partam este nosso estado laico."

quinta-feira, maio 11, 2006

quarta-feira, maio 10, 2006

Cid Reloaded











"Se Elton John tivesse nascido na Chamusca, não teria tido tanto êxito como eu."
José Cid


Depois de ter ficado a saber que se fosse uma música do José Cid seria um belo prato de favas com chouriço, só me ocorre questionar porque raio resolveram ressuscitar este fóssil?


* Fotografia "roubada" ao Alfinete de Peito! ;)

Arranjem-se novos tópicos

Ciclicamente, a blogosfera de elite adopta vítimas que massacra ao ponto de as martirizar.
A crítica passa a moda, o facilitismo da maledicência sobrepõe-se à crítica construtiva e à opinião fundamentada.
Elogiar, além de ser mais complicado, não tem metade da graça e não surte o mesmo efeito da piadinha maldosa.
O sarcasmo desperta a curiosidade e aguça o apetite daqueles que não conhecem as obras dos “mártires” da blogosfera.
Como tal, estes ataques intelectuais perpetuam a memória de autores como Margarida Rebelo Pinto ou Maria Filomena Mónica que, graças à onda de destruição maciça que lhes é comummente dirigida no ciberespaço, acabam por lucrar com a situação, aumentando as suas vendas e ganhando a absolvição do público.
Curiosamente, quando olho para o top de vendas da Bertrand, mais convicta fico do meu pensamento: there´s no such thing as bad publicity!Mas que se dane: à custa destes tópicos se mantém um blog actualizado e a criatividade em funcionamento.

terça-feira, maio 09, 2006

Vislumbre de felicidade

"La mano hábil que supla mi mano inútil, una mano que actúe según mi voluntad aún libre..."

A semana passada, em Valladolid, Espanha, um tetraplégico apareceu morto em sua casa.
Como habitualmente, a policia iniciou as investigações para determinar a causa da morte de Jorge León que, ao sofrer um acidente doméstico aos 47 anos de idade, viu a sua existência depender de uma máquina que lhe permitia respirar, já que de forma natural tal não era possível.
Essa mesma máquina que estava desligada, quando o corpo de Jorge foi encontrado sem vida.
Imóvel, à excepção dos lábios, com a respiração assistida e sem qualquer tipo de intimidade, Jorge era deslocado da cama para a cadeira de através de uma pequena grua e comunicava com o mundo através do blog que mantinha e no qual espelhava mensagens de desespero, clamando por ajuda para pôr fim à sua reduzida existência.
Uma história igual a tantas outras, uma quase-vida tão semelhante a outras milhentas quase-vidas.
Sem uma opinião totalmente estruturada e fundamentada acerca do tema da eutanásia, aventurei-me no blog de Jorge, onde os post não deixam margem para dúvidas para aqueles que duvidassem do seu desejo de pôr um ponto final à sua existência.
E se angustia conceber este cenário, mais angustiante é ler o diário dos dias deste homem.
Não resisto a questionar-me : tratando-se de um caso em que a pessoa se mantém lúcida e dona de um pensamento coerente, até que ponto o seu desejo não poderá ser acatado?
Até que ponto se poderá considerar inviolável esta não vida?
Até que ponto será ético negar-lhe ajuda para colocar um ponto final ao sofrimento que se converteu no modo de estar permanente? Onde reside a dignidade e a nobreza de gestos daqueles que voltam as costas e , por vezes de forma egoísta, prolongam o sofrimento daqueles que há muito deixaram de viver? O que é afinal a vida? Em que é que consiste ser humano?
Para as pessoas de formação católica compreendo que a discussão não ganhe estes contornos, nem coloque tantas dúvidas.
Afinal, para os crentes, todos somos peões dum grande plano que Deus traçou e só ele poderá decidir dar e tirar a vida.
Por este motivo, não pretendo deslocar a questão para o campo religioso.
A história mostra que a religião, ao longo dos séculos, nunca serviu para solucionar problemas, antes pelo contrário, sempre funcionou como ponto de controvérsia e disfarce para a prática das maiores atrocidades da Humanidade.
De um ponto de vista meramente racional, parece-me ilógico que alguém com o discernimento suficiente para se autodeterminar, ainda que fisicamente incapacitado, se veja impedido de pôr termo à sua vida, devido a uma lei que pune, criminalmente, aqueles que lhe prestam ajuda para o fazer.
Uma mesma lei penal que, cobardemente, prefere ignorar os testes ilegais de medicamentos que matam às centenas em África a troco de milhões de dólares para governos gananciosos; que pune com uma mão mais branda aqueles que, brutalmente e de forma animalesca, tiram a vida daqueles que querem e podem viver, face aqueles que praticam crimes económicos que tacitamente todos aceitamos; que não procura adaptar-se à sociedade actual e ao conceito de dignidade humana que o mundo ocidental tem vindo a adaptar;uma lei penal que se orgulha de ser laica, mas permanece amarrada a princípios católicos que não despertam sentido crítico; que não procura soluções intermédias e casuístas, acabando por gerar injustiças ao tratar de forma igual aqueles que são, efectivamente, diferentes.

segunda-feira, maio 08, 2006

Casa Branca diz desconhecer conteúdo da carta enviada pelo Presidente do Irão



"Ê cá na sê de nada.Ê gosto é de bombas. Estalinhos, petardos, granadas, minas..."

Champions League


Nem tudo está perdido...

sexta-feira, maio 05, 2006

Ás vezes gostava de ser mais romântica



Cada vez que tenho que atender a um casamento, ensaio mentalmente o lugar-comum das “Muitas Felicidades ao recém-casal!”, proferido, oportunamente e com algum embaraço, durante os agradecimentos pela festa e a consequente despedida.Porém, sinto que aquela inofensiva frase, na realidade esconde a pérfida mensagem subliminar de “Atrevam a divorciar-se, agora que tenho dois novos calos à pala de ter andado à procura dos sapatos para a festa pindérica que vocês organizaram!”.

quarta-feira, maio 03, 2006

A Chapa recomenda:


OS FÍSICOS de Friedrich Dürrenmatt



Sinopse
Um manicómio. Três físicos.
Três assassinatos. Uma fórmula.
Um inspector. Três enfermeiras.
Ela é médica, ela é doente.
Eles são loucos, eles são físicos.
O mundo escapou-lhes das mãos ao som do violino.

Enquadramento
Esta peça escrita pelo dramaturgo suíço Friedrich Dürrenmatt e estreada pela primeira vez em 1962, nunca foi representada em Portugal, tendo sido aplaudida pelo público um pouco por todo o mundo. Numa adaptação de Miguel Sousa Pinto e Ana Sacadura, a obra é levada à cena pela Produtora Lais de Guia em co-produção com o Grupo de Teatro Cepa Torta. Estreia no dia 11 de Maio no Teatro Ibérico e tem carreira prevista até final desse mês, de quinta a sábado, às 21:30 h.


Dias: 11, 12, 13, 18, 19, 20, 25, 26, 27 de Maio às 21:30 h

TEATRO IBÉRICO

Rua de Xabregas, 54, 1900-440 Lisboa

Reservas: 96 901 53 51

terça-feira, maio 02, 2006

Entrega de documentação

Naqueles momentos de desespero, arrependia-se por não ter dado atenção aos ímpetos frenéticos dos seus cinco anos de idade e não ter enveredado pela carreira de cabeleireira.