quinta-feira, agosto 31, 2006

JESUS!

Possuída pelo espiríto "voyeur", espreito o registo de visitantes do Statcounter e, surpreendentemente, constato que alguma alma perdida veio naufragar à praia do Mundo, "googleando" putas+trintonas.

"http://www.google.pt/search?q=Putas%20trintonas&hl=pt-PT&lr=&start=10&sa=N"

Julgo que agora, sim, é oficial: esta não está a ser, de todo, a minha melhor semana.

quarta-feira, agosto 30, 2006

Verdadeiro achado







A compra, economicamente, fantástica da semana.
Miles Davis, "A Night in Tunisia", 2 CD´s
Fnac
5, 95€


Brevemente a tocar por estas bandas.

terça-feira, agosto 29, 2006

Os pequenos nadas



"E tudo isto vai parecer conversa pirosa e lamechas, mas foi mesmo no que fiquei a pensar: a vida não é justa e é revoltante dependermos da sorte, dos astros, de outros - de tudo o que não esteja nas nossas mãos.
Apetece gritar e protestar quando um pequeno golpe - de sorte? de azar? - mexe tanto com as nossas vidas, com a estabilidade dos dias, com a calma e a paz.
A revolta cresce quando vai acontecendo e acontecendo, quando "incidentes" vão atravessando os anos contra tudo o que poderíamos esperar. (...)
E depois de cada azar desenrascamo-nos e mudamos a sorte; depois de cada obstáculo descobrimos novas forças e fazemos mais uma estrada.
Sem percalços ías ficar desprotegida.
E mais dependente dos outros (de outros) do que seria de prever... "


Espero que não te importes, amiga helvética.

Pérolas a porcos

"O importante não é tê-lo, mas saber o que fazer com ele."

E pensar que um dia este foi um blog sério...

segunda-feira, agosto 28, 2006

A propósito do E.R



Diálogo entre pai e filha:

Filha: “Oh papá, já viste que o Mark Green morreu?”

Pai: “Pois foi...pois foi”

Filha: “Chorei o episódio todo.”

Pai: “De facto foi uma pena. Era tão bom médico...”



P.S John, à falta dos teus posts, os meus falam por ti. ;)

sexta-feira, agosto 25, 2006

Laços de família


“All happy families resemble one another, each unhappy family is unhappy in its own way”


"Anna Keranina", Tolstoi

quinta-feira, agosto 24, 2006

Adeus aos vinte e poucos



A caminho dos vinte e muitos...
Parabéns J. Fermín!

quarta-feira, agosto 23, 2006

A esperar...


Sentada

Até quando?

terça-feira, agosto 22, 2006

Por Amor da Índia

Descrevê-lo como um simples relato de uma lendária história de amor deixa uma sabor a insatisfação na boca.

Um romance que se revela, subtilmente, através de episódios históricos que remontam a uma Índia, inexistente nos dias de hoje, antes da cisão e consequente nascimento do Paquistão e da Índia livre.

Contrariamente à maioria dos romances históricos, no momento em que a leitura chega ao fim, a relação entre Nehru e Edwina não é a única marca que o livro deixa em nós. Ao longo de trezentas e poucas páginas respira-se também a fundação de um novo país, o sofrimento do seu povo, a violência religiosa, o exemplo pacífico e conciliador de Ghandi e a racionalidade planificada e egoísta do mundo diplomático.

Catherine Clément deixa-nos, pois, mais um livro fantástico, directamente da Índia, por amor...

segunda-feira, agosto 21, 2006

A polémica Grass

Ao mesmo tempo que a polémica acerca da revelação da participação de Günter Grass nas SS, durante o III Reich, faz correr muita tinta nos jornais do planeta e muitos uploads na blogosfera, na Alemanha a "cebola descascada" de Grass quase esgota no primeiro dia em que foi colocada a à venda, convertendo-se, automaticamente, num best seller.

Depois de tanta lágrima derramada ao descascar a cebola, a pergunta que chocou o mundo mantém-se: " Porquê Grass? Porquê uma autobiografia?".

Afinal nem aos 89...

Amigáveis



Sempre me pareceu ilógico a realização de jogos amigáveis entre grandes equipas. Sinceramente, para ver jogos que não conduzem à obtenção de um título, taça ou medalha, prefiro ver os jogos de sábado à tarde entre os meus vizinhos.

Ao fim de contas, o resultado de um jogo entre Sporting e Inter é idêntico ao dos solteiros e casados da minha rua: vê-se um mau futebol, disfarçam-se mal os passes preguiçosos e zarolhos, as equipas aplaudem, entre risos, os golos da equipa adversária e no final vai tudo beber umas cervejas e falar das façanhas que não tiveram lugar e das proezas que cada um dos jogadores seria capaz de fazer, se estivessem a jogar “num campeonato à séria”.

Caso não se celebrasse, hoje, o centenário do MEU SPORTING, provavelmente trocaria os 90 minutos de sofá em frente à televisão, por um gelado junto ao rio.
Mas enfim...arrasto-me novamente até à sala, para assistir a um falhanço, propositado, do Crespo e a uma ameaça de golo do Liedson que, com jeitinho e muito boa vontade da parceria Bruno Paixão/Figo, talvez marque o único golo da partida no minuto 89!

Segunda-feira de manhã

Há uma aura de bipolaridade no ar.

quarta-feira, agosto 16, 2006

O resumo final

Frankfurt



Heidelberg



Munique
Estádio Olímpico de Munique

Frauenkirsche


Berlim


Kreuzberg

Bundestag


Hackescher Markt

Solteiros aos 30


Ela: “Nesta altura do campeonato, já não tenho nada a perder. Qualquer um pode ser o homem da minha vida.”

Ele: “ Nesta fase da minha vida, já não tenho nada a ganhar. As gajas são todas umas doidas!”

Relacionamentos aos 20


Ambos: “ Vamos lá ver no que é que isto dá. Com calma, sem pressões... se não der, paciência!”

Amor aos 16


Ela : “Vamos ficar juntos para sempre?”

Ele : “Claro que sim. És a mulher com quem quero casar!”

domingo, agosto 13, 2006

Companhia de viagem

"Ema não dormia; simulava estar adormecida. E, enquanto Carlos, a seu lado, pegava no sono, ela despertava para sonhos diferentes."


"Madame Bovary" , Gustave Flaubert.

München

Respira-se saúde e dinheiro nas ruas de Munique.

Os humildes trabis de Berlim são substituídos pelos Mercedes, BMW´s e Audis que , civilizadamente, não ocupam os passeios, mas os respectivos espaços de estacionamento, com o ticket do parquímetro bem visível, pois na Baviera a Schwarzfahrt não é bem vista!

Imponente e organizada, Munique dá-nos as boas vindas à luxuosa Baviera, historicamente soberana no panorama da Alemanha.

Os turistas, na sua maioria de origem japonesa, pasmam-se ao chegar a Marienplatz pela primeira vez. Soltam suspiros e nós acompanhamo-los, extasiados, com a luxuosa construção da Altes Rathaus.

Mais tarde, ficaríamos a contemplá-la do último andar da livraria Hugenbudel, sem palavras... sem pressas...sem fôlego.

As Bräuerien, com as empregadas de traje tradicional, deixam adivinhar a festa que poderemos encontrar em Outubro, mas por agora todos os caminhos nos levam ao Englischer Garten, local de culto para os amantes do sol e do nudismo.

No coração da cidade, esquece-se o conservadorismo a que a mesma nos vinha habituando e o Verão assume-se com toda a sua graciosidade.

Munique apresenta-se verde e tranquila, tradicional e conservadora, mas de olhos postos no que de moderno se faz além fronteiras. (Exemplo fantástico e imperdível : Pinakothek der Moderne)





Sem ter encantado, como sucedeu com Berlim, (talvez as expectativas fossem demasiado elevadas!) Munique é , sem dúvida, um lugar onde a elegância e a satisfação dos seus habitantes nos transmitem que mais do que uma cidade para se visitar, é uma cidade onde se deve/pode viver.



sábado, agosto 12, 2006

Balelas


"Governo garante que redução de férias judiciais significou aumento de produtividade em Julho
..."

Não se inquiete, porém, senhor cidadão porque o ritmo de trabalho, nas secretarias judiciais, retomará a velocidade normal durante o mês de Agosto!
Devagar...devagarinho... e assim se irá manter ao longo do ano.

Onde a cerveja é uma questão de fé

Viktualienmarkt


Munique, Julho de 2006

sexta-feira, agosto 11, 2006

Cultura de massas

Um jantar.
20 pessoas.
10 proprietários de blogs.

Tudo bons rapazes

Sarcásticos, corrosivos, críticos profissionais .
Mas, sabe-se lá por quê, são meus amigos e apesar de dedicarem uma quantidade significativa dos seus dias a gozar com o "Mundo da Chata", como tão carinhosamente chamam a este cantinho da blogosfera, ei-los de volta à publicação diária dos seus momentos de inspiração.

O "blog sério" da Chapa apresenta:
Lonely Fonzie
Muzik4themasses

quinta-feira, agosto 10, 2006

terça-feira, agosto 08, 2006

Segundas impressões



Oito anos depois e partes havia onde pouco ou nada parecia ter-se alterado. Mas essa primeira impressão rapidamente se desvaneceu.

Em Kreuzberg, onde ficamos hospedados, o tempo, por vezes, parecia ter ficado em modo stand by desde 1985.

As roupas, os cabelos, os carros e os punks que um dia ilustraram a capa do “Achtung Baby” ainda estão muito presentes em Berlim, coabitando em harmonia com vanguarda cultural só comparável a Nova Iorque ou Londres.

Há oito anos atrás o Postdamer Platz praticamente não existia.

Amontoados de taipais, escavadoras e outros materiais de construção preparavam a remodelação daquele no man´s land, anteriormente cercado por paredes grossas de um muro que hoje, em jeito de recordação, serve de mostruário de graffitis.

Hoje em dia, o complexo modernista do Sony Center e a Filarmónica de Berlim deixam extasiados arquitectos que aí procuram a inspiração.

Berlim Leste está irreconhecível, com restaurantes, cafés e esplanadas para todos os gostos e géneros, recuperando ainda as marcas de uma cisão dolorosa que ainda hoje os berlinenses curam, dando ao mundo um exemplo de renovação, força, coragem e trabalho.

Mais do que qualquer outra cidade por onde passei na Alemanha, Berlim personifica a dor de um passado que não está tão longínquo como, por vezes, erroneamente parece.

Os relatos tristes das "duas Alemanhas" ainda se escutam e um pouco por toda a parte se encontram vestígios e lembranças do passado negro que o país ainda detém.

Porém, o ambiente que se vive em Berlim, nos dias de hoje, é de prosperidade, de positivismo e , sem dúvida alguma, de modernidade e urbanismo.

Muito mais do que uma cidade alemã, Berlim é uma cidade do Mundo, (re)construída das cinzas da sua história e das milhares de histórias de estrangeiros que aí construiram as suas vidas e coloriram o ambiente cosmopolita e multicultural que a cidade hoje nos apresenta.

Por um lado, assusta pensar que o aparecimento, galopante, de tantas “cidades do mundo” pode conduzir ao desaparecimento das especificidades e do historicismo de algumas cidades, fazendo com que todas elas se confundam entre si e se torne indiferente viver em N.Y ou Barcelona ou sequer em Londres.

Todavia, a realidade que ainda se vive em Berlim é única e o carácter que dela emana não se confunde com aqueles que podemos encontrar numa qualquer outra cidade com a qual tenhamos a fraqueza de compará-la.

Satisfeitos e totalmente rendidos, partimos para Munique, onde uma diferente realidade nos aguardava.

Era tempo de abandonar o sonho e regressar à Alemanha.

Quando a arte nos conta a História



segunda-feira, agosto 07, 2006

Redescobertas



Ao fazer as malas, hesitei em levar comigo uma camisola de malha ou o simples casaco de algodão.

Notícias chegavam de Berlim de que a cidade estava mergulhada numa vaga de calor que enfraquecia os mais idosos, desesperava os utilizadores de transportes públicos e expulsava para as ruas cosmopolitas transeuntes que com as suas gargalhadas e cervejas alegravam as esplanadas.

Optei pela camisola de algodão, mas à cautela levei uns sapatos fechados em alternativa às chinelas da praxe.

Ao trancar o fecho da mala apercebi-me que pela primeira vez na minha vida, não dispunha de um mês inteiro de férias.

Simultaneamente, este foi também o primeiro ano em que a praia e o sol ficaram relegados para segundo lugar, o que de certa forma assustava, pelo inédito da coisa e pela suspeita de que uma incursão pela Alemanha pudesse vir a revelar-se demasiado cansativa ( o que a longo prazo se revelaria, de forma negativa, no meu desempenho profissional).

Escolher a Alemanha como um destino de férias gerou perplexidade em algumas pessoas com quem comentei a decisão repentina de viajar.

Apesar de afortunados pela abundância solar, português que se preze não troca o seu descanso de veraneio por umas férias agitadas num país onde a temperatura média de verão são 20º e onde a chuva resolve chegar sem ser convidada.

Abandonámos Lisboa incertos do que se nos reservava: a expectativa da redescoberta de Berlim e Heidelberg depois de oito anos poderia revelar-se decepcionante? Que dizer do meu companheiro de viagem que, pela primeira vez, iria finalmente conhecer as cidades de onde guardei tantas boas recordações que tão assiduamente lhe relatei?

Como mais tarde escrevi a uma amiga, redescobrir cidades obriga-nos à introspecção e à nostalgia, que por sua vez nos permitem ganhar uma objectividade desconhecida face à pessoa que outrora fomos quando naqueles lugares andámos.

As diferentes circunstâncias de tempo e a evolução pessoal estremecem as memórias e, atónitos, por vezes não nos reconhecemos nas anteriores fotografias, nas situações passadas, naquela pessoa que um dia passeou naquelas mesmas ruas e que hoje mal reconhecemos.

domingo, agosto 06, 2006

Primeiras impressões





Berlim, Julho de 2006