sexta-feira, janeiro 07, 2005

Parte 2

Não levei o computador comigo durante a viagem. Limitei-me a levar um pequeno caderno de memórias e afins, onde costumo relatar muito sumariamente episódios ou rasgos de inspiração inesperados.
Ainda que já tivesse pensado em escrever sobre a viagem, decidi que o melhor seria tomar o mínimo de notas possível e passo a explicar porquê.
Se me concentrasse em tirar apontamentos ou em fazer análises profundas acerca do que estava a viver, provavelmente acabaria por não ver absolutamente nada.
Costumo sentir o mesmo em relação às máquinas fotográficas digitais: passamos uma grande parte do tempo a fotografar tudo o que se mexe e o restante a ver, apagar e aumentar as fotografias que tirámos.
O menos importante passa a ser a verdadeira viagem…
Além disso, é sempre melhor ganhar algum distanciamento das coisas para podermos falar sobre elas.
Convenhamos que a julgar pelo ritmo com que estou a escrever, a minha objectividade será imensa. hehe
Enfim… sobre os primeiros dois dias de viagem não há muito que contar.
Basicamente gozámos dos privilégios do hotel e da praia.
O meu conselho para menores de 55 anos que estejam a pensar viajar para um resort all included: a menos que planeiem entregar-se ao álcool e à comida, aluguem um carro e saiam à aventura.
Se o intuito da viagem for o mencionado em primeiro lugar… escolham um que fique mais perto do vosso país e que saia barato. Afinal, se a ideia é ficar circunscrito aos muros do hotel, é igual que o façam em Marrocos, Cuba, Brasil ou Costa da Caparica.
Nós optámos por alugar um carro e rumar às pirâmides maias de Chichen Itzá e a Valladolid, no Estado de Yucatán.
Não me vou alongar a descrever-vos a história ancestral de Chichen Itzá. Isso encontrarão muito facilmente em qualquer guia turístico.
Mas de uma coisa aviso: atenção aos preços das peças de artesanato.
Toda a Riviera Maia e a zona circundante de Chichen Itzá não é propriamente barata e muitos dos preços iniciais que oferecem, estão ao nível dos preços europeus.
Recomendo vivamente uma passagem por Valladolid, porque lá encontrámos o México real: uma aldeia pequena, com a típica praça central adornada com um jardim colorido pelas pessoas e pelo artesanato que aí é vendido.
Em Valladolid visitámos “cenotes”, pequenas piscinas naturais que crescem em grutas e provámos a comida yucateca.
No que concerne o regresso a Puerto Morelos, devo dizer que não foi nada fácil. Assegurem-se que tomam a auto-estrada e não a estrada nacional. O mesmo percurso demora 2 horas na primeira e quase 4 na segunda.
O motivo são os “topes”, ou bandas sonoras aqui para os tugas, altíssimos e mal assinalados, com que somos presenteados todo o caminho até Cancun.
Moídos, com dores na coluna e um apetite chegámos ao hotel e finalmente começámos a apreciá-lo mais e a vê-lo como ele é: não o meu local de férias, mas um simples local para pernoitar, tomar o pequeno-almoço e jantar.






1 comentário:

Filipe disse...

Antes de mais, obrigado pelo belo retrato, pintado com letras virtuais, que fizeste da tua viagem ao México. É sempre bom saber como são essas coisas. México nunca foi um sítio que me apelasse muito, mas confesso que me deixaste com um pouco mais de vintade de o conhecer!
Apesar disso houve algumas coisas que me deixaram confuso. De entre elas destaco duas: sempre pensei que Valladolid era na Espanha (e já agora Mérida, Guadalajara, Zaragoza, etc. - pelos vistos há por aí alguém que anda a copiar os nomes das cidades)e por favor define "QUASE VIRGEM". Hehehe, just kidding ;)
Quem sabe um dia ainda nos encontramos numa aldeia perdida lá pelo méxico, se bem que a probabilidade de isso acontecer é mais baixa que a de eu ganhar o euro milhões e vê lá tu que eu nem jogo!
Beijokas e faz sempre boas viagens!