terça-feira, julho 19, 2005

Terapia de Grupo na Ordem dos Advogados - A inocência chocante do defensor

“ Digo-vos Senhores Doutores: estejam muito atentos durante cada diligência, senão correm o risco de não se aperceberem de irregularidades e vícios que podem mandar abaixo todo o processo. Não tenham vergonha de exercer os vossos direitos e lembrem-se que recaí sobre vocês o dever de serem profissionais e defenderem ,da melhor maneira possível, os vossos clientes. Devo, porém, adverti-los que os órgãos da polícia criminal reagem mal quando os Srs. Drs. chamam a atenção para essas falhas.”
“Tem razão Sr. Dr. E pior...os agentes que dirigem as investigações muitas vezes enganam os próprios juízes e furjam os autos de noticia.”
“Oh Sra. Dra., eu não iria tão longe. Mas... porque é que diz isso?”
“Olhe Sr. Dr., porque infelizmente já estive numa situação dessas. Coitado do arguido! Ficou realmente abatido. Então não é que o desgraçado foi acusado por tentativa de homicídio de um agente da PSP , quando na realidade, segundo o que o próprio me contou , ele estava apenas a beber umas cervejas com os amigos numa festa, quando subitamente começaram todos à porrada. No meio da confusão, o coitado do rapaz choca contra um polícia e sem perceber como, acaba com a pistola do mesmo na mão. Mas ele não ia fugir, nem ia fazer nada. E eles lá na PSP fizeram constar no auto que ele tentava atingir um agente com uma bala e fugir. Já viu como eles são? Inventar uma coisa destas sem mais nem menos? Coitado do rapaz, estava ali no meio e Deus sabe como caiu-lhe a arma nas mãos...”

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