Questões inocentes, efeitos perversos
1) “Para quando o casamento?” Ou melhor, “ E vocês? Quando é que se casam?”- proferido após o anúncio de casamento de terceiros que, de preferência, devem estar presentes e olham o casal embaraçado com alguma condescendência.
A questão adquire ainda mais sofisticação quando colocada na presença dos pais dos pseudo-nubentes. ( Diga-se de passagem que tal sucede com uma requintada e mesquinha frequência!)
2) "Então e agora? Quais são os teus planos?" - Questão colocada a alguém que não obstante dispor de fresca e recém tirada licenciatura, não faz ideia do que quer fazer da vida. Não percebem que essa pessoa, por si mesma e sem qualquer necessidade de ajuda exterior, já consegue ficar suficientemente ansiosa?
3) “Para quando os meus netos? Já me sinto preparada para ser avó!” – E que tal pensar se a futura mamã já concebe a ideia de procriar sem ficar aterrorizada?
4) “Só a menina é que não arranja namorado! Mas andam todos cegos?” – Horas infinitas de auto-motivação por água abaixo, perante este comentário, aparentemente inocente e bem intencionado, mas que confirma a suspeita, de que a “menina” é um caso digno de pena!
5) “Então e tu? Quando é que te mudas? Não me digas que ainda vives com os teus pais!” – Comummente proferido com uma entoação e espanto exacerbados, acompanhados de olhares desconfiados que , no fundo, querem dizer: “Não sais de casa porque és um menino da mamã.
Como é que não ocorre a ninguém perguntar: “Então, já ganhas o suficiente para sair de casa?” Seria, sem dúvida, mais pertinente e inteligente e daria a resposta à primeira pergunta, sem se cair no risco de se ser indelicado.
Podem ser questões inocentes...mas eu cá desconfio. Acho muito estranho...muito estranho...
3 comentários:
Lol! Lembro-me de outra pergunta: Fim do curso, alguma ansiedade devido à falta de emprego geral, etc.
P - Que curso tiraste?
R - Tal e tal.
P - Ahhhh!.........Para que é que isso dá?
Anos e anos de estudo para isto :)
Perguntas da esfinge associadas a tias chatas e q n têm mais nada q fazer...
Responde-lhes sempre a mesma coisa: "sim, gosto de marmelada..."
E elas desistem mais cedo ou mais tarde...
Beijitos da Zona Franca
Belo post!
Tenho a dizer que me senti 100 % identificada com quase cada uma das embaraçosas perguntas!!!!
Que tal preocuparem-se antes com as próprias vidas?? Get a life...
Nunca dá para responder assim, mas é sem dúvida o que mais apetece!!!
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