quinta-feira, novembro 17, 2005

Rotinas que se aproximam

Dezembro aproxima-se e, como se não bastasse a azáfama dos presentes de Natal, o Corte Inglés e o Colombo, a indecisão da noite de ano novo e os novos quilos que iremos ganhar com as filhoses, rabanadas e afins, este ano, tal como no ano passado, assumo a minha rotina de familiar de emigrante.
Enquanto que em Setembro acompanho, cabisbaixa , os felizardos que tentam a sorte lá fora, até ao aeroporto, em Dezembro é altura de os acolher, de os apanhar no terminal da Portela e matar as saudades contidas nos meses que passaram.
Por outro lado, Dezembro é ainda o mês em que o J. regressa feliz à sua terra natal, ficando a pairar no ar ( e em casa) aquela sensação a vazio, a incompleto, a desordem.
Sempre encarei o mês de Dezembro com uma enorme ansiedade e este ano não é excepção.
Resumo mentalmente os meses que passaram, a forma como decorreram as minhas semanas, as novidades da minha vida pequenina.
Esquematizo a ordem de assuntos a tratar, as questões mais urgentes a colocar e enumero aquilo que lhes quero sempre dizer, mas que nunca me lembro.
Ou porque o tempo passa a correr, ou porque se sobrepõem sempre outros assuntos ou apenas porque quando os tenho cá, na eterna Lisboa, parece que não os valorizo e aproveito o suficiente e quando me apercebo disso, pufff... é tarde demais.
Este post cheira a saudades e destina-se a Itália, Espanha, Holanda, Dinamarca, Estados Unidos, Alemanha, México, São Tomé e Brasil.

Ainda que a minha escrita não seja regular e por vezes fale de tudo, menos do essencial, em Dezembro lá estarei, na Portela, com a bagageira cheia de espaço e um monte de histórias para ouvir e contar; com abraços de chegada e um , tristonho, de despedida.

6 comentários:

Yoann Nesme disse...

Quando criança, o Natal é mágico. Depois, torna-se uma seca. Nem o cheiro a pinheiro, as musiquinhas nos centros comerciais, as luzes na rúa ou o nariz encarnado no espelho nos comovem. Antes pelo contrário.

Agora, sou um puto outra vez. Vejo a chegada do Natal com um brilho de alegria nos olhos. Agora é para mim sinónimo de reencontros com a minha família, os meus amigos, a minha terra e a minha comida! Só faltava que a R. viesse comigo...

izzolda disse...

Espero que o tempo te chegue para tudo :) Matar saudades por si só é tão bom!

Anónimo disse...

k lindos k voces tao....k romanticos......
eu sou uma das emigras k regressa a casa (temporariamente), exactamente dia 24 de manhazinha!!
reuniao manas borrel urgentemente! anda td espalhado pelo mundo (senao fisicamente, pelo menos emocionalmente....), eh preciso fofoca urgente!!
see you there!
beijinhos
clarita

sara disse...

Outra emigra reforça a ideia de que o Natal é, agora, ainda mais importante. Que se comece a festejar já! (Aqui já lançaram a Cerveja de Natal 2005...)

Anónimo disse...

Ritinha! Chapa! Achava que Natal com sol não encaixava bem, e andava longe do espírito natalício... Mas afinal, as benditas chuvas chegaram a Montes Claros. Que bom! Chuva, lama e algum frio! Valham-nos as castanhas enviadas pelo meu pai, os filmes no sofá mais duro onde alguma vez me sentei, e o lavar roupa debaixo de um temporal, simplesmente porque já nõ há nada limpo!
Lembrei-me de ti nas minhas últimas férias (na semana passada, portanto!) - a gagita do hotel era IGUAL a ti!
Quanto a mim, aterro na Portela dia 16, pelas 8h da matina! Lá te espero, com mil saudades para matar!
Beijos, Rita, La Otra.
PS: Conto ver o Jacinto nas férias!***

Rit@ disse...

Rita La Otra, cá te espero com muitas saudades! E sem medo dos teus piolhos!!!!hehehehehehe
Beijinhos