domingo, dezembro 31, 2006

Até para o ano!

Sacramento do Chiado




Quem sobe a Calçada do Sacramento, depois de passar a Panificadora do Chiado (local onde se recomenda um pequeno-almoço com croissants e meia-de-leite), encontra o restaurante “Sacramento”, local descoberto pela mão de polacos recém-chegados a Lisboa.

A ementa não é particularmente original, mas os pratos são bem confeccionados e o ambiente, quase de claustro, com uma decoração quente e cuidada, dão o ambiente necessário para um jantar intimista, tranquilo e sofisticado no coração de Lisboa.

À partida, pode parecer pretensioso, mas o serviço é simpático e os preços são acessíveis, caso se opte por não pedir uma garrafa de vinho.

Ainda assim, recomenda-se a “sacramental” experiência em noites frias de Inverno, aquecidas, preferencialmente, com lombos de porco preto e risotto de trufas.



Restaurante Sacramento

Calçada do Sacramento n.º 40-46

Baixa Chiado, Lisboa

21 342 05 72

sacramentodochiado@hotmail.com

Preço Médio 20€/25€

Puro Danone

Pequeno-almoço. Dia 31 de Dezembro.
Iogurte aberto.
Mensagem do dia:

"Quem anda à chuva, molha-se."

E quando se julgava que 2006 havia sido mau, as mensagens indiciam que 2007 poderá não ser melhor...

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Depois do Jack










Depois dos Fisher;
Depois da Carrie, Samantha, Charlotte e Miranda;
Depois do "Dolce Vitta" abandonado a meio,
Scofield torna-se o novo vício da casa!

(E, segundo dizem, algures no Mundo eventos importantes ocorrem...)

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Conto de Natal



Não consigo precisar as circunstâncias de tempo e modo em que se conheceram, mas isso pouco releva para o caso.

Estávamos em 1950, algures entre a Av. de Roma e o Bairro de Campo de Ourique e os nossos personagens principais davam, timidamente, os primeiros passos da relação que se viria a manter, de pedra e cal, até aos dias de hoje.

A. , menina burguesa e virtuosa, crescera sob a vigilância apertada da Titi que jamais suspeitara que F., jovem mancebo destacado algures no Norte para cumprimento do serviço militar forçado, não pretendendo abandonar a jovem A. ,mas sem meios para prover o seu sustento, decidira propor-lhe casamento, em absoluto segredo e à revelia das mais elementares regras de etiqueta.

Surpreendendo-se a si própria e jurando jamais arrepender-se da sua decisão, A. aceitou o pedido e essa promessa manteve, apesar de todas as ironias e desgostos com que a vida a presenteou, até aos dias que correm, sem queixumes ou ressentimentos.

Viveram dois anos em completo secretismo, à custa de cartas e de visitas relâmpago protegidos pelas artimanhas e mentiras que só uma mente apaixonada consegue imaginar.

A revelação às famílias, após a tropa e finalmente o primeiro emprego de F. , caiu como uma bomba estrondosa, cujos estragos ficam aquém do aparato.

Cinquenta e seis anos passaram.

Nem sempre fáceis, diria mesmo cheios de provações e sofrimento e, simultaneamente, como qualquer história de vida, cheios de aventuras e momentos alegres, de partilha e companheirismo.

Hoje, ainda continuam de mãos dadas, de espírito aberto, com sorrisos ternos.

Contam-nos a sua história, no final da consoada, qual presente antecipado para uma audiência interessada e comovida que, ao ouvir o testemunho, se apercebe de que ainda tem muito para aprender.

domingo, dezembro 24, 2006

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Jantar de Natal





Sem presente, sem restaurante, sem esperas.

O quinto andar sem elevador acolhe-nos, há já dois anos, na comemoração natalícia .

O reencontro dos que partiram e regressam , qual lufada de ar fresco, capaz de nos inspirar a partir também; as desventuras dos que ficam; os novos; os antigos; as fotografias e os discursos inflamados; as três tentativas de regressar a casa que morrem no sopé das escadas depois de mais uma despedida e a certeza de que no próximo ano lá estaremos.

A família, não necessariamente biológica, mas ainda assim família.

E, por momentos, ainda que de forma tímida, regressa a imagem de que o Natal é algo mais do que o Colombo ou o Corte Inglés.

quinta-feira, dezembro 21, 2006

"The man who said "I'd rather be lucky than good" saw deeply into life. People are afraid to face how great a part of life is dependent on luck. It's scary to think so much is out of one's control. There are moments in a match when the ball hits the top of the net, and for a split second, it can either go forward or fall back. With a litte luck, it goes forward, and you win. Or maybe it doesn't, and you lose. "

Match Point (2005)

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Agora que a "casa" já está, mais ou menos, arrumada


Há que aguardar que 2007 traga inspiração e paciência para um "template" novo...

terça-feira, dezembro 19, 2006

Greve do Metro ( ou a esperança de que à 8ª talvez seja de vez...)

Diz a nossa soberana Constituição:

Artigo 57.º

(Direito à greve e proibição do lock-out)

1. É garantido o direito à greve.

2. Compete aos trabalhadores definir o âmbito de interesses a defender através da greve, não podendo a lei limitar esse âmbito.

3. A lei define as condições de prestação, durante a greve, de serviços necessários à segurança e manutenção de equipamentos e instalações, bem como de serviços mínimos indispensáveis para ocorrer à satisfação de necessidades sociais impreteríveis.

4. É proibido o lock-out.


Considerando que é a 8ª vez que os trabalhadores do Metro entram em greve, este ano, talvez não fosse má ideia começar a interpretar este artigo restritivamente...

O estigma comunista da relação

Estado civil: União de facto, mas não direito.

“E diga lá, querida, onde vai passar este Natal?”

“Em Lisboa, como sempre. Não gostamos muito de passar o Natal fora. E a senhora?”

“Eu também fico por cá. A consoada será em minha casa e o almoço de Natal em casa da minha sogra. Olhe e...o seu...namorado? Quer dizer, o seu marido , não ?Ai que confusão. Nem sei que chamar-lhe...Isto das meninas agora não casarem é uma confusão. Olhe, o seu companheiro, passa cá o Natal ou vai passá-lo com a família?”

(pequeno momento de embaraço, seguido por resposta irónica)

"Este ano passa o Natal connosco. O camarada Y. obteve permissão do Partido para celebrar o Natal com a companheira, por isso cá ficará.”

domingo, dezembro 17, 2006

The Big Chill (1983)



Sam Weber: So how's your life?
Karen: Oh, great. How's yours?
Sam Weber: Not so great.
Karen: Ohhh, we're telling the truth.

Despedidas




Não gosto de despedidas, do sabor acre que deixam na boca após a insatisfação das palavras que não foram ditas, das lágrimas que orgulhosamente não soltei, do apressado e tímido abraço que acompanha o “vamos falando”.

Não gosto de me emocionar com os acontecimentos menos maus da vida, já que nos outros encontro a legitimação que a felicidade não acarreta e me faz sentir patética.

Não gosto da viagem até ao aeroporto. Muito menos ainda de não ser eu a passar a barreira das partidas.

Sempre achei mais fácil partir do que ficar, ainda que a certeza da rotina possa parecer mais tranquilizante e enfrentar o desconhecido possa revelar-se terrifico.

Não gosto de despedidas, tenho dito! Fico cansada de não dizer o que quero, de pensar demasiado no que gostaria de ter dito.

Talvez por não saber estar à altura das situações, talvez por não querer confrontar a separação, sinto o incómodo e o embaraço que se repete a cada “adeus”, a cada separação, a cada mudança.

Qual criança, fujo para casa, inerte e absorta em pensamentos pragmáticos que não deixam espaço a nostalgias precoces.

Mas, ao recordar aquele momento, ainda que o proferido adeus possa não ter sido sentido, a saudade lusitana, dá um ar da sua graça, advertindo-nos que ela não parte nem se despede ... fica para sempre!

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Já está!


Pela primeira vez, Dave Matthews Band, em Lisboa.
Dia 25 de Maio, não no Luther College, mas no Pavilhão Atlântico.
Lugares reservados, na arena, a uma distância simpática e muita vontade de os ouvir.

quinta-feira, dezembro 14, 2006

O Apito Dourado da Carolina

Triste viver num país onde se fala tanto de futebol e se joga tão pouco...

sábado, dezembro 09, 2006

Brainstorming

Inércia.
Mental.
Física.
O.C no Canal Um, Steven Seagal à espreita na TVI.
Lixeira.
Mental.
Fim-de-semana.
Finalmente.
Bom!

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Está quase...


A felicidade à distância de um anunciado exame tenebroso...

terça-feira, dezembro 05, 2006

domingo, dezembro 03, 2006

Lost in translation


O problema das traduções da Bable Fish ...


One late afternoon, Mr. and Mrs. B. got this wonderful sms:
“Good afternoon. It can pass in the Store of Lisbon to raise the light bulb of blinks for its wasp. Better compliments, Loja das Motos”


(O que, trocado por míudos, provavelmente quer dizer que já podemos passar na loja a apanhar os piscas que foram encomendados para a Vespa!)

sábado, dezembro 02, 2006

Café Malaca ou a descoberta de quinta-feira

Fugimos ao inevitável, ao recorrente, ao cansativo e húmido Bairro Alto.
Junto ao rio, tudo parecia demasiado frio, desconfortável, caro. As espreguiçadeiras dos fins de tarde de verão já estão guardadas para a próxima temporada e um certo ambiente desolador ameaçava condenar a investida a uma amarga desilusão.
Os armazéns, agora estilizados e vanguardistas, recusam aqueles que apenas procuram um lugar confortável onde ficar a saborear uma bebida quente, propícia às noites de Inverno.
Já quase de braços cruzados, sinal típico do já acostumado falhanço, tropeçámos no Clube Naval junto ao Cais do Sodré, local inóspito onde os já não utilizados pontões servem, por vezes, de abrigo a quem não o tem.
Desconfiados, entrámos no armazém do Clube e subimos as escadas íngremes até encontrar o aroma a Oriente.
Simples, acolhedor, "en cheval sur l´occident et l´orient", sorrisos de boas vindas e um ambiente tranquilo.
Chás orientais servidos em jarras Ikea, rolos vietname a despertar a curiosidade, sumos de gengibre e afins, não só deixaram vontade de voltar como contentaram aqueles que, com um pouco de insistência e imaginação, conseguiram tornar aquela noite especial, através da descoberta daquele espaço diferente.


Café Malaca

Cais do Gás, Armazém H, 1.º andar, Cais do Sodré
Tel. 21 347 70 82/96 710 41 42/93 866 50 99
Aberto de segunda-feira a sábado para almoços
e lanches. Quinta-feira a sábado, aberto para jantar.

A Árvore de Natal












Singela, tímida, um pouco desnudada talvez...
Mas é nossa.
E é a primeira vez que o Natal nos visita.