terça-feira, dezembro 19, 2006

O estigma comunista da relação

Estado civil: União de facto, mas não direito.

“E diga lá, querida, onde vai passar este Natal?”

“Em Lisboa, como sempre. Não gostamos muito de passar o Natal fora. E a senhora?”

“Eu também fico por cá. A consoada será em minha casa e o almoço de Natal em casa da minha sogra. Olhe e...o seu...namorado? Quer dizer, o seu marido , não ?Ai que confusão. Nem sei que chamar-lhe...Isto das meninas agora não casarem é uma confusão. Olhe, o seu companheiro, passa cá o Natal ou vai passá-lo com a família?”

(pequeno momento de embaraço, seguido por resposta irónica)

"Este ano passa o Natal connosco. O camarada Y. obteve permissão do Partido para celebrar o Natal com a companheira, por isso cá ficará.”

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