terça-feira, maio 01, 2007

Solola




Por estradas sinuosas, percorremos distâncias curtas que pareceram monumentais. O mau estado do asfalto e a ausência de rectas dificultaram a condução que, nem sempre cuidadosa, quando comparada com as ultrapassagens guatemaltecas, parecia inofensiva.
O mote? "Camarão que dorme, a corrente leva-o" ou "em Roma sê romano."
Iniciada a descida para Socola, ponto de paragem antes da chegada a Atitlán, a temperatura começou a subir e finalmente o prometido calor deu um ar da sua graça.
Socola espreita, timidamente, o lago e proporciona uma primeira impressão bastante arrebatadora.
Do alto do parque infantil, estranhamente vizinho de um cemitério multicolor, susceptível de chocar o luto negro a que estamos habituados, pode-se vislumbrar uma parte do lago prometido, algumas das pequenas povoações que crescem em seu redor e os vulcões que o rodeiam.
Porém, Solola não serve apenas de miradouro. Um mercado variado, barulhento e agitado é digno de visita, não fora este um dos principais e maiores da guatemala, onde as delícias coloridas dos turistas são satisfeitas pelos trabalhos artesanais indígenas.





Tal como em Quetzaltenango. os festejos pascais são preparados com afinco, sob um sol ardente que, qual heresia, convidava a refrescos e descansos à sombra.
Palmilhado o mercado e saciada a sede, abandonámos Socola a meio da tarde, com a vista lavada e uma tez mais morena (ou seria encarnada?).
Pela frente? Panajachel, junto ao lago Atitlán.

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