quarta-feira, outubro 26, 2005

Alice




O desaparecimento abrupto da criança;
O "antes" apenas eternamente congelado em fotografias;
A loucura e a impotência da mãe;
O desespero e obsessão do pai;
A solidão cinzenta, fria, individualista e apressada de Lisboa;
Os limites da expectativa e o cansaço da desilusão;
Cento e dois minutos que nos dão a sentir uma migalha do drama humano que embora vivido por alguns, se perde em panfletos e emails , na indiferença e na incompreensão dos demais.
Avisaram-me que o filme tinha pouca acção e que eram escassos os diálogos.
No entanto, que utilidade teriam as palavras neste filme ?
Para se despertarem certos sentimentos, as imagens e as expressões corporais bastam por si só.
E as palavras, neste caso, seriam sem dúvida supérfluas .

Sem comentários: