quarta-feira, janeiro 31, 2007

À beira do precipício


"Anque Libero Va Bene", de Kim Rossi Stuart


Qual guarda-redes, Tommy observa expectante os comportamentos desequilibrados e perdidos da família em que se vê inserido e espera, concentrado, pelas consequências dos seus actos, na expectativa de defender os pontapés que a vida lhe dá.
O pai, perfeccionista, temperamental e desesperado pela sua impotência face às dificuldades do seu quotidiano; a irmã atrevida e estouvada que, pese embora mais velha, opta por atitudes imaturas e infantis; a mãe, instável, desequilibrada e impulsiva que, incapaz de se confinar à vida familiar e ao casamento, se ausenta de casa por longos períodos, na companhia de amantes sazonais, regressando, posteriomente, com promessas de mudança e necessidade de acolhimento e aceitação por parte dos filhos e marido, despertando nestes ilusões perdidas que perturbam o ritmo a que já vinham habituados.
Expectativas, desilusões e chantagens emocionais são-nos transmitidos pelo olhar precoce do menino que sobe aos telhados e observa, sem pressas e sem revolta, a vida de cada um de nós.

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