Um ano
De fora chegam notícias que exigem reciprocidade: O que contam os da casa? O que se faz por essas bandas? Como é que tens andado? Como se passam os dias?
Consoante a insistência, assim se encolhem os ombros, assim escasseiam as respostas.
O tempo reduz-se a pó, a velocidade ilusória dos dias confunde-se com o vazio.
As rotinas esvaziam o conteúdo das vidas, deixam-nos cair no anonimato, no desprendimento.
Respondo, por preguiça (e desleixe) que nada de novo há a contar. Tudo na mesma, tudo tranquilo.
Igualmente camuflado em agendas rabiscadas e ritmos de cafeína, passou um ano.
De coragem e irreversíveis mudanças .
Vencemos. Venceste.
E, cedendo à emoção, apropriada ao delicado momento, caímos no lugar-comum: há um ano atrás, conhecemos o primeiro dia do resto das nossas vidas.
Que a memória não se perca, mas que a experiência não se repita.
4 comentários:
e que grande Vencedora. e que grandes Vencedores.
vencedores do que?
num estou entendendo...
perdoa a emigra..e explica...tenho q te dar os parabens pelo que chapa querida??
(perdoa a minha ignorancia....)
la culera
:)
Esse fuso horário provoca-te amnésia...:)
tão calhau...
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