sexta-feira, março 31, 2006

Bom fim-de-semana

Go with the flow

John,

aqui vai. A Chapa junta-se ao rebanho blogosférico e adere aos questionários. Mas decide não passar a batata quente.

Ao invés, convida quem desejar fazê-lo, a entupir a caixa de comments.

Boa?

Quatro empregos que tive na vida

  1. Hospedeira em eventos
  2. Assistente no Pavilhão Atlântico
  3. Advogada Estagiária
  4. Assim de repente não me lembro de mais nada ( Que pobre CV...)

Quatro sítios onde vivi

  1. Cruz de Pau
  2. Serafina City
  3. Barcelona
  4. Campolide ( esse grande bairro!)

Quatro filmes que posso ver vezes sem conta

  1. Cinema Paraíso
  2. E tudo o vento levou ( quando era pequena sabia as frases todas da Scarlett)
  3. Todos os que já vi do Woody Allen
  4. A pequena Sereia

(A verdade é que vejo quase todos os filmes mais do que uma vez, por isso escolhi aqueles que , de facto, acabei por ver mais vezes! Obviamente que tenho consciência que esta revelação fará descer, drasticamente, o nível da minha popularidade...mais bon, c´est comme ça la vie!)

Quatro pratos favoritos

  1. Arroz de tamboril com gambas
  2. Quesadillas
  3. Bacalhau Espiritual
  4. Massa!Massa!Massa! Com tudo...e tudo...e tudo!

Quatro séries que nunca perco

  1. Sex and the City
  2. Six Feet Under
  3. Sopranos
  4. E.R ( desde pequena que não perco aquela treta, cada vez estou em casa. Não sei se por causa do Clooney ou do ar utopicamente asséptico do Hospital...)

Quatro websites que visito diariamente

  1. Mundo da Chapa ( Qual Narciso, é a minha homepage!)
  2. Gmail
  3. Sitemeter
  4. Público

Quatro sítios onde gostaria de estar agora

  1. Cuba
  2. Malásia
  3. Tailândia
  4. Lagos (leia-se, no Algarve)

quinta-feira, março 30, 2006

O Bicho pegou

Se a inveja matasse, há já alguns minutos que provavelmente jazeria no chão, com dores agonizantes e rezando pela última golfada de ar a entrar nos meus pulmões.
Como se não bastasse que o sol e o calor andassem a brincar ao “esconde esconde” connosco, seres esquálidos e ávidos de praia, através do computador chegam-me batucadas e shows de bola dum Brasil que há muito quero conhecer e que agora me é relatado, com um tom descontraído e cativante, neste blog que a minha amiga Sara me recomendou.
O Bicho pegou...e pegou mesmo.
Se eu levar uma mochila pequenina, posso-me juntar à viagem?

quarta-feira, março 29, 2006

Neurosis

Dictionary Entry on Neurosis

Neurosis - noun a type of mental illness in which the patient suffers from extreme anxiety ;neurotic adjective 1: suffering from neurosis 2: in a bad nervous state ; noun someone suffering from neurosis ; neurotically adjective


From Wikipedia, the free encyclopedia

segunda-feira, março 27, 2006

Pois Café



Sempre afirmei que sou uma daquelas felizardas que têm acesso à cultura, sem necessidade de grande esforço.
De forma privilegiada, encontro-me , frequentemente, rodeada de pessoas actualizadas, interessantes e interessadas, que me aguçam o apetite e me levam a conhecer, de forma divertida, o que a vida melhor tem para oferecer.
Entre uma imperial e os tremoços ou mesmo antes do jogo de futebol, arranjamos tempo para recitais de poesia, instalações perturbantes e retrospectivas de artistas com os quais, na maioria das vezes, tenho pouca intimidade.
Outras vezes, essas visitas guiadas, terminam em cafés ou restaurantes escondidos algures em Lisboa, onde os míticos azulejos com a televisão no canto da sala e a clássica bifana no pão, dão lugar a poltronas confortáveis, revistas de artes espalhadas e iguarias mais sofisticadas que apelam aos sentidos da clientela que os visita, há muito ávida de um lugar para estar e não para simplesmente ir.
Há uns meses atrás falaram-me (a minha guia preferida!!!) de um café em Alfama que fica a paredes meias com a Sé.
As proprietárias vêm de longe e trouxeram finalmente a Lisboa um conceito de café onde o intuito é ficar, ler, jogar às cartas ou falar ao sabor de chás, sumos, apfelstrudel e tostas.
Quem entra, não é convidado a sair, o que por vezes complica os planos dos preguiçosos de fim-de-semana, como eu, que ficam à porta tristemente e acabam por abandonar a ideia de ali ficar porque ninguém parece fazer tenção de ceder o lugar.
A decoração traz-me à memória Barcelona e os cafés onde me perdia a escrever as memórias que jamais compilei.
Divãs, sofás, mesinhas de apoio, estantes com livros, placards com mensagens de estrangeiros que ali buscam apartamentos, guias culturais e referências a outros recantos do mundo.
A música dá o toque final a toda àquela peculiar atmosfera .
Agora que escrevo, apercebo-me que talvez não fosse boa ideia divulgar, ainda mais, este pequeno achado .
No entanto, como tudo o que é bom, pecado seria guardá-lo para mim, não é?
E se a mim me levaram pela mão, há que retribuir o favor e fazer seguir a cadeia.

POIS CAFÉ
Rua São João da Praça, 93-95(à Sé, Alfama)Lisboa
Tel.: 21.886.2497
Horário: 11.00 às 20.00

sábado, março 25, 2006

Montes Claros, Brasil



" (...) Procurar a solidão é uma coisa. Outra coisa completamente diferente é sermos obrigados a encontrar-nos com a nossa própria solidão e termos que viver com ela, para o bem e para o mal. Sinto falta do Jorge e da Zézinha. Claro que sinto. E por vezes não sei se estou a saber viver bem com a minha própria solidão que, em último caso, não foi uma solidão procurada. Gosto de estar sozinha, é um facto. Mas gosto de ser eu a decidir quando e como."

Saudades querida Rita, saudades. E muito orgulho também!

quinta-feira, março 23, 2006

Retrato de família

Era uma vez uma família muito engraçada.
Quatro irmãos, uma casa grande e férias bem passadas na lezíria ribatejana.
Cada um trilhou o seu caminho.
Cresceram, casaram, tiveram filhos.
Anos mais tarde, encontraram-se todos no funeral da mãe.
Já não se conheciam e entreolhavam-se com desconfiança.
As férias da lezíria , os banhos na Nazaré e as brincadeiras de crianças estavam agora guardados num recanto da memória onde, orgulhosamente, não tocavam.
Ainda assim, apesar de se desconhecerem, não faziam qualquer esforço de aproximação, porque as defesas estavam montadas e muita água já havia corrido por debaixo daquela ponte.
Uniram esforços para que a cerimónia fosse breve, para que o pai permanecesse acompanhado e até decidiram almoçar todos, em jeito de união de família desastrada.
E, enquanto os observava, apercebi-me como a incapacidade de expressar afectos pode manchar as vidas de tantas famílias e escrever as linhas do destino de tantas pessoas.
Se conseguissem dizer “Gosto de ti” e os abraços fossem sinceros e não rígidos, provavelmente estes desconhecidos teriam muito que falar, provavelmente as acções ficariam para quem as faz e, provavelmente, os seus filhos teriam recordações da lezíria e do mar da Nazaré.

segunda-feira, março 20, 2006

E assim começa mais uma semana



(...)
Eu tinha o espírito aberto
Às vezes andei perto
Da essência do amor
Porém no meio dos colchões
No meio dos trambolhões
A situação era cada vez pior
Tu despertaste em mim um ser mais leve
E eu sei que essencialmente isso se deve
A esse passo inseguro
E ao paraíso no teu olhar (...)

"Dá-me Lume", Jorge Palma

domingo, março 19, 2006

Angela de la Cruz - Trabalho


"O trabalho pisa uma linha muito fina entre ser obra e ser lixo”, Angela de la Cruz

O processo de construção ou a obra?

Pintura ou escultura?

A metamorfose da obra, face ao autoritarismo do consumo e aos desejos do comprador.

O fim ou o renascer da obra?

Na Culturgest, de 1 de Fevereiro a 30 de Abril

Entrada: 2 Euros (Redução de 30% para menores de 25 anos)
Visitas guiadas todos os Domingos às 16H00.

Guias audio, gratuitos (e imprescindíveis!) , para acompanhamento da visita à exposição.

quinta-feira, março 16, 2006

quarta-feira, março 15, 2006

Foi um ar que se lhe deu



Bolas!
Só para chatear, hoje está um nevoeiro do caraças e corre um friozinho desagradável que apanha desprevenidos aqueles optimistas que ousam vestir casacos de sarja e sapatos abertos.
Não é justo já ter sentido o cheiro a Verão e, de repente, estar de regresso ao cinzento do Inverno.
Já me lembro porque é que não gosto da Primavera.

Esta incerteza...esta inconstância...os antialérgicos...

terça-feira, março 14, 2006

Porque finalmente o calor chegou,



apetece sair da cama a correr, mas demorar a voltar para casa;
apetece ver o pôr-do-sol abraçar o Tejo e cumprimentar a noite numa esplanada perto do Castelo;
apetece ser optimista, acreditar que tudo a partir de agora será mais fácil (ou, pelo menos, mais leve).
Lisboa torna-se muito mais apetecível e, em jeito de reprimenda subtil, lembra-nos com a sua luminosidade singular, os motivos pelos quais não podemos viver muito longe dela!


Parabéns Jo pela fotografia. Espero que não te importes, mas não resisti ao ver que tinhas captado um dos momentos mais bonitos do dia.

segunda-feira, março 13, 2006

Las Meninas



Partindo do pressuposto que a esperança média de vida da mulher portuguesa é de 72 anos; admitindo que sou saudável e que provavelmente alcanço essa idade; configurando, ainda, a hipótese de vir a sofrer uma crise de meia idade, o resultado da equação aponta para que esta me atinja por volta do 36 anos.
Na hipótese remota de ser, particularmente, precoce e não olvidando que cada ida ao ginásio (e inevitável rendez-vous com as meninas do ballet e do hip hop) me deprime e angustia, ao ponto de me deixar boquiaberta, é muito provável que me encontre a meio caminho da melindrosa crise.
Ao principio ponderei que se tratava apenas uma espécie de nostalgia perversa, com um toque de azedume e incontrolável inveja, pois a pele daquelas meninas consegue manter-se brilhante e acobreada o ano todo, porque as calças folgadas correspondem ao n.º 34 ou, simplesmente, porque o preconceito e pudor não as impede de usar decotes convidativos em pleno inverno.
Porém, após uma breve reflexão acerca dos benefícios dum salário mensal e a consequente independência, apercebi-me que não deveria olhar para aqueles seres leitosos com desdém, mas sim com alguma cumplicidade. Afinal, há uns anos atrás também eu era assim, apesar de, neste momento, a imagem me parecer inconcebível.
Todavia, havia algo nas meninas da minha geração que não encontro naquelas criaturas púberes que povoam o balneário no meu ginásio.
Segundo elas próprias afirmam, com 12 anos já se dão ao luxo (ou infortúnio) de ter um passado, um ex-namorado, uma colecção de modelos de jeans que não se usam.
Hoje em dia, de um ponto de vista superficial e enganador, aparentemente não existem raparigas.
Passa-se de “menina” a “mulher” ou de "pequenina" a “gaja”.
Sem espaço/tempo para serem raparigas, sem Barbies a rivalizar com os Cd´s da moda, sem roupas transitórias, sem elásticos no cabelo, sem pachorra para olhares reprovadores de tipas como eu que, inconvenientemente, ocupam espaço no banco do balneário, em vez de estar a trabalhar, como boas “cotas” que são.

Munich












"Every civilization finds it necessary to negotiate compromises with its own values. "

sábado, março 11, 2006

À falta de palavras


Deixo-vos na companhia da Janis...

quinta-feira, março 09, 2006

Foi você que pediu o Ai Du?


Conforme prometido à vizinha ( de bairro e da blogosfera), directamente de Mali, "AI DU" de Ali Farka Touré, para começar bem o dia, aguentar bem a tarde e acompanhar o whisky da noite.

quarta-feira, março 08, 2006

E porque hoje é o Dia das Gajas



E porque hoje nos devemos lembrar do que está por detrás dos sorrisos e das flores que nos estendem;
Porque não foi assim há tanto tempo que as mentalidades começaram a mudar;
Porque ainda hoje a diferença de tratamento existe;
Porque independentemente do quão boa uma mulher seja, a nível profissional, nunca deixará de ser uma gaja;
Porque é um grande filme que não deixa ninguém indiferente,

recomendo o "North Country" aos estômagos menos sensíveis e aos homens menos impressionáveis!

segunda-feira, março 06, 2006

My evil side speaking



Apesar de não ter visto o "Colisão", melhor filme do ano segundo a Academia de Hollywood, sinto um certo conforto mesquinho pelo facto do Óscar não ter ido para o Brokeback Mountain.
Mesquinha...mesquinha....

sábado, março 04, 2006

O mito da beleza masculina

Durante a conferência “ Falar de Blogues: Feminino/Masculino”, realizada ontem na Almedina, Pedro Mexia pediu a palavra para colocar questões aos oradores.
Uma delas incidia sobre os temas acerca dos quais as mulheres escreviam.
Inquietava-o constatar que poucas ou quase nenhumas mulheres escrevem acerca da beleza masculina e ele procurava que alguma das senhoras presentes lhe explicasse o porquê.
Não me recordo ao certo das respostas apresentadas, mas lembro-me do estado de perplexidade em que fiquei durante uns segundos.
Como é que é possível que o autor de
um dos melhores blogues portugueses ( aparentemente , também, o blogue português mais masculino) ainda se colocasse essa questão?
Como é que o autor de tantas reflexões admiráveis e acertadissímas acerca do relacionamento homem/mulher ainda não percebeu que os homens não precisam de ser bonitos para fazerem sucesso junto das mulheres?
A eles basta-lhes a confiança.
A nós falta-nos sempre pesar um kilo a menos, ter o cabelo mais brilhante, uns lábios mais grossos e umas maminhas maiores!

Good Morning!



Poucos prazeres se equiparam ao despertar numa manhã de Sábado...

quinta-feira, março 02, 2006

So what´s next Mr. President?



Quando mentiu acerca da existência de armas químicas no Iraque, a comunidade ocidental tratou-o com benevolência.
Aliás, tratou o elo anglosaxónico de Bush e Blair com uma brandura que quase que se confundiria com a resignação duma mãe cansada, ao ver o filho repetir asneiras com a mesma energia e determinação com que as havia cometido pela primeira vez.
Talvez porque fosse tarde demais evitar o que quer que seja.
Afinal, a Guerra já tinha começado e não esqueçamos que Saddam era o ditador desrespeitador dos direitos humanos e da cultura democrática de que tanto nos orgulhamos.
Parar para pensar se o modelo democrático era o adequado para o Iraque ( independentemente de funcionar connosco) ou numa reestruturação política para o Iraque no pós-guerra, colocando-se a questão de saber se Xiitas e Sunitas poderiam conviver em equilíbrio de forças , exigia um esforço mental demasiadamente complicado para todos nós.
Imagine-se então o quão exigente este raciocínio seria para Bush que, aparentemente, é incapaz (ou se recusa!) de pensar a longo prazo, dedicando o seu tempo a actividades muito mais relevantes, como jogar golf no seu rancho no Texas.
Comprovadamente demonstrado que o homem não tem um QI elevado, restar-lhe-iam a humildade e a seriedade, como escapatória da sua mediocridade e meio de afirmação e admiração perante os demais.
Porém, o pastor do Mundo Ocidental não possui nenhuma destas duas virtudes, nem procura adquiri-las.
E quando Bush espirra, todos nós ficamos de cama uma semana.
E quando Bush mente à comunidade internacional, encolhemos os ombros com desanimo e o Congresso aplaude.
E quando Bush mente à sua própria gente, deixando-os à mercê do Katrina, ainda que previamente avisado da ruptura inevitável dos diques de New Orleans, imagine-se então o que fará aos que não penduram a bandeira americana na porta das suas casas?

quarta-feira, março 01, 2006

Carnaval sem samba





Depois do campo seguiu-se a praia e todos os prazeres que lhe estão inerentes, à excepção, claro está, do sol e do calor, uma vez que o Inverno não faz tenções de abandonar o Algarve tão cedo.
Longe do Carnaval de Loulé e das anafadas translúcidas que tentam enganar o frio do carro alegórico com falsos movimentos de samba, em Lagos reinava a calma dos pequenos almoços na varanda, acompanhados do inigualável sumo de laranja algarvio e daquele cheiro a fruta e humidade que nos enche os pulmões à chegada e me faz afirmar, satisfeita, “Cheira a Algarve”.
O cenário é simplório: três livros na cabeceira, jornais amontoados no chão e revistas cor-de-rosa e de hoje e de há dois anos ( impressionante como são sempre legíveis este tipo de revistas. Se não nos actualizamos do estado de graça de Catarina Furtado, que a crer no que os media divulgam parece ser a única mulher do planeta a dar à luz, sempre podemos obter detalhes escabrosos do final do seu namoro com João Gil há três anos atrás, imortalizados numa Caras amarelada e com vestígios de areia que a mãe deixou no saco da praia, pendurado, tristemente, na despensa até que o calor se volte a sentir.)
Entre estados letárgicos misturo a OPA da Sonae com o recente namoro de Miguel Beleza e Alberta Marques Fernandes, analiso a decisão do Tribunal em permitir a apreensão dos computadores dos jornalistas do 24 Horas e o subsequente recurso (sem efeito suspensivo?); navego, pela mão do Perez-Reverte, até às costas de Cartagena e ao Cemitério dos Barcos sem nome, analiso prós e contras dum plano nuclear que, apesar de não se incluir na agenda do Governo, todos parecem querer debater; misturo o H5n1 com o H5n2 sem conseguir destrinçar, ao certo, qual a forma de evitar o contágio; tomo conhecimento que Julião Sarmento expõe em Londres e fico a saber que a Fátima Lopes (estilista) jamais teria alcançado sucesso, caso tivesse sido mãe.
E na hora de regressar à capital, onde a rotina exige a minha presença, volto com o sono em dia e a leitura actualizada em todas as vertentes da sociedade.
A preguiça ainda é muita, pelo que uma análise pessoal acerca da informação adquirida, parece-me demasiado complicada.
No entanto, há uma conclusão que me permito retirar: nada como uma escapadela da cidade para arejar a mente.

Ainda que com chuva, com frio e maus programas televisivos (vide Prémio Estupidificação), o meu Carnaval sem samba passou-se muito bem!